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segunda-feira, 31 de março de 2014

Encontro de católicos e evangélicos propõe “estreitar os laços” por “unidade cristã”

Encontro de católicos e evangélicos propõe “estreitar os laços” por “unidade cristã”
A aproximação entre católicos e evangélicos ganha neste fim de semana um novo capítulo, com o Encontro de Cristãos na Busca de Unidade e Santidade (Encristus), que está sendo organizado pela comunidade Canção Nova na cidade de Cachoeira Paulista, no interior do estado.
A busca por uma unidade cristã vem sendo um dos temas mais presentes nos discursos do papa Francisco, que por diversas vezes afirmou que é preciso trabalhar para aparar as arestas que dividem os cristãos em grupos diversos. No Brasil, políticos das bancadas evangélica e católica têm trabalhado juntos em assuntos de interesse comum.
O movimento de Renovação Carismática na Igreja Católica vem crescendo no Brasil, e o Encristus, que é realizado desde 2008, é uma iniciativa que pretende “estreitar os laços” entre evangélicos e católicos.
O representante evangélico no evento, que contará com palestras e outras atividades, será o pastor argentino Jorge Himitian. Conterrâneo do papa Francisco, o pastor afirma ser “amigo do xará” e que sempre conversa com o cardeal Jorge Mario Bergoglio sobre o tema.
“Nós frequentemente nos encontramos com ele. Não para discutir, brigar. E sim para amarmos e orarmos juntos a Deus. Para nós, não há uma barreira”, afirmou o pastor Hitimian.
Pelo lado católico, o bispo Franscisco Biasin, de Barra do Piraí (RJ), ministrará uma palestra aberta ao público. Segundo Biasin, a essência das duas vertentes é a mesma: “A partir do batismo, nós podemos realizar um caminho em conjunto, de fraternidade, apesar da diferença que ao longo dos séculos marcaram o surgimento de igrejas que, nos tempos passados, rivalizaram entre si”.
De acordo com informações do G1, o tema do evento é “Ele pôs em nossos lábios a palavra da reconciliação”, uma referência à carta de Paulo aos Coríntios.
Confira a programação do Encristus:
Domingo (aberto ao público)
7h00
Santa Missa (Rincão do Meu Senhor)
Culto (Auditório São Paulo)
7h50
Intervalo
8h00
Animação e Oração
8h30
Palestra “Deus nos fez embaixadores da reconciliação (2 Cor 5:20)”, com Rui Rodrigues e padre Marcial Maçanero
9h30
Intervalo
10h00
Animação e Oração
10h20
Testemunho: Márcia Marion e pastor José Carlos Marion.
11h30
Intervalo
13h00
Palestra “Em nome de Cristo vos suplicamos: Reconciliai-vos com Deus”, com o pastor Jorge Himitian e o bispo Francesco Biasin
14h00
Encerramento
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

Ku Klux Klan quer apagar imagem de grupo de ódio e se apresenta como uma “entidade cristã” para recrutar novos membros

Ku Klux Klan quer apagar imagem de grupo de ódio e se apresenta como uma “entidade cristã” para recrutar novos membros
O grupo dos Cavaleiros Tradicionalistas norte-americanos da Ku Klux Klan (KKK) pretende mudar a imagem de grupo de ódio que “alguns desonestos”, segundo eles, fizeram da organização.
Para Frank Ancona, o Ku Klux Klan precisa reconstruir sua imagem, frisando que o grupo segue preceitos bíblicos: “Nós não odiamos as pessoas por causa de sua etnia, quer dizer, nós somos uma organização cristã”.
Ancona é assistente imperial na KKK, e numa entrevista ao canal NBC 12 afirmou que as histórias de racismo contadas sobre o grupo são fruto da atividade desonesta de alguns, e não do todo: “Por causa dos atos de alguns desonestos Klansmen, todos os Klansmen supostamente são assassinos, querem linchar os negros, ou são terroristas. Isso é uma falsidade completa”, disse.
A ideia não é apenas refazer a imagem do grupo, mas voltar a recrutar pessoas para que os ideais do Ku Klux Klan voltem a ser influentes.
“Nós recebemos um panfleto, e depois, durante o caminho, o jogamos no lixo”, afirmou Sarah Peachee, uma das pessoas abordadas pelos membros da KKK. “Nós não estávamos interessados ​​nem em ler sobre isso”, acrescentou.
Porém, Ancona não se abate com a rejeição de algumas pessoas e aponta que desde 2008 as adesões à KKK vem crescendo nos Estados Unidos: “Nos últimos seis anos, período que estou presidente desta organização, já vi os números de adeptos triplicar. O engraçado é que os mesmos bairros onde você está dizendo que há pessoas que não querem o panfleto, são os bairros onde vivem os nossos membros, e bairros onde as pessoas são simpáticas à nossa causa e estamos contentes de ouvir de nós”, afirmou.
Apesar de dizer que não disseminam o ódio, Ancona admite que é contra a miscigenação: “Nós apenas queremos manter a nossa raça como a raça branca. Queremos permanecer brancos. Não é uma coisa odiosa querer manter a supremacia branca”, disse.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

sábado, 24 de agosto de 2013

Irmandade Muçulmana está querendo “eliminar o cristianismo do Egito”



Por GOSPELPRIME

Dezenas de igrejas, escolas, instituições, casas e lojas cristãs foram saqueadas e queimadas, somente nos últimos três dias. Os ataques seriam uma ordem da Irmandade Muçulmana. Em alguns dos templos queimados foram colocadas bandeiras do grupo terrorista Al Qaida.

Em um país à beira de uma guerra civil, quem mais está sofrendo são os cristãos. Minoria que soma cerca de 10% da população, eles têm sido o alvo preferencial nesse período “sem lei” que o Egito vive desde que o presidente Mohammed Morsi foi deposto. Na última sexta-feira, a Irmandade Muçulmana, grupo extremista que deseja controlar o país decretou o “dia de fúria”, que deixou centenas de mortos.

Grupos defensores dos direitos humanos denunciam os ataques a cristãos e as igrejas queimadas, além de um número de mortos que pode chegar a 600. Foram pelo menos 40 novos ataques que deixaram igrejas saqueadas e incendiadas, enquanto 23 outros locais foram atacados.

Os ataques ocorreram em cidades como Cairo, Alexandria, Suez e Minya. O grupo cristão mais atingido são os coptas, mas ocorreram ataques contra igrejas evangélicas e católicas, assim como instituições e escolas cristãs.

Enquanto o país está dividido em grupos favoráveis e contrários a Morsi, milhares de cristãos falam em sair do Egito. Eles temem que a Irmandade cumpra sua ameaça de “eliminar o cristianismo” da nação. Nos últimos dias, centenas de cristãos estão abandonando o país e teme-se que milhares sigam o mesmo caminho nas próximas semanas.

Embora a justificativa seja uma declaração do líder copta, Tawadros II, que apoiou a derrubada de Morsi, as ameaças são antigas. Segundo um homem que se identifica apenas como Sr. Awad “As relações entre cristãos e muçulmanos costumava ser boas… Nós éramos vizinhos e amigos, fazíamos negócios e conversávamos uns com os outros. No entanto, quando eles tiveram que escolher entre religião e a amizade, eles escolheram a religião”.

Em Suez, o bispo anglicano Mouneer Anis, escreveu em uma carta aberta relatando que sua igreja foi atingida por “pedras e coquetéis Molotov”. Há registros de pessoas sendo arrastadas para fora das igreja e executadas no meio da rua. Três freiras foram forçadas a andar pelas ruas do Cairo como “prisioneiras de guerra”. Em Minya, província ao sul do Cairo ocorreram os ataques mais violentos. Ali os cristãos representam cerca de 35% da população.

A Comissão sobre Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos pediu ao governo americano que tome providência para reprimir a repressão religiosa. O presidente Obama citou isso em seu último discurso, onde pediu que cessassem os ataques contra igrejas.

A Christian Solidarity Worldwide, grupo com sede no Reino Unido, também expressou preocupação. Daniel Sinclair, um porta-voz da organização, que defende que os governos internacionais ajam em favor das minorias religiosas. “Exortamos o nosso governo para garantir a segurança de todos os egípcios, independentemente de sua religião”, disse em nota.

Diversas campanhas de oração em favor dos cristãos no Egito tem sido convocadas por igrejas evangélicas e católicas de todo o mundo. Com informações de AP, Huffington Post e CS Monitor.

Mapa dos Ataques a instituições cristãs no Egito.

Veja o que essa onda de violência devastadora atingiu até agora:
Sociedade Bíblica – queimada (Fayoum)•
Sociedade Bíblica – queimada (Asuit)
Biblioteca da Sociedade Bíblica – queimada (Cairo)•
Casas de cristãos atacadas e saqueadas (Minya)•
Propriedades e Lojas de Cristãos – Queimadas (Arish)•
Escritórios da Fundação Evangélica– queimados (Minya)
Igreja Anglicana de São Salvador – queimada (Suez)
Igreja Evangélica de S Miguel – sitiada e saqueada (Asuit)
Igreja Evangélica de Minya – queimada (Minya)•
Igreja Adventista – queimada, pastor e esposa sequestrados (Asuit)•
Igreja Batista em Beni Mazar – queimada (Minya)•
Igreja dos Apóstolos – queimada (Asuit)•
Igreja da Renovação – queimada (Asuit)•
Igreja Evangélica de al-Zorby – Saqueada e destruída (Fayoum)•
Lojas, farmácias e hotéis de cristãos – atacados e saqueados (Luxor)•
Igreja e escola franciscana (Estrada 23) – queimada (Suez)
Convento e hospital Bom Pastor – queimada (Suez)•
Igreja do Bom Pastor, Convento do Bom Pastor – queimada com coquetéis molotov (Asuit)•
Igreja de S George – queimada (Minya)
Igreja dos Jesuitas – queimada (Minya)
Basilica de Fatima – atacada- Heliopolis•
Igreja Copta de São Marcos – queimada (Minya)
Convento Franciscano (Sisters of the Immaculate Heart of Mary) – queimado (Beni Suef)•
Igreja of Sta Teresa – queimada (Asuit)•
Igreja e Escola Franciscana – queimada (Asuit)•
Convento de S José e escola – queimada (Minya)•
Igreja Copta do Sagrado Coração – calcinada (Minya)•
Convento das Irmãs de Santa Maria – atacado (Cairo)•
Escola do Bom Pastor – atacada (Minya)
Igreja Copta Ortodoxa de S George – queimada (Minya)•
Igreja de Al-Esla – queimada (Asuit)•
Diocese Otodoxa Copta de Qusiya – queimada (Asuit)•
Igreja de S George – queimada (Arish)•
Igreja de S George de al-Wasta – queimada (Beni Suef)•
Igreja da Virgem Maria – atacada(Maadi, Cairo)•
Igreja da Virgem Maria – atacada (Mostorod, Cairo)•
Igreja Copta Ortodoxa de São George – atacada (Helwan, Cairo)•
Igreja de S Maria El Naziah – queimada (Fayoum)•
Igreja de Santa Damiana – saqueada e queimada (Fayoum)•
Igreja de S Theodore – queimada (Fayoum)•
Igreja de S José – queimada (Fayoum)•
Escola Franciscana – queimada (Fayoum)•
Igreja Copta Ortodoxa do Centro de S Paulo – queimada (Gharbiya, Delta)•
Igreja Copta Ortodoxa de S Antonio – queimada (Giza)•
Igreja Copta Ortodoxa de S George – queimada (Atfeeh, Giza)•
Igreja da Virgem Maria e do Pai Abrãao – queimadas (Delga, Deir Mawas, Minya)•
Igreja de S Mina Abu Hilal Kebly – queimada (Minya)•
Igreja de Amir Tawadros – queimada (Minya)•
Igreja de Anba Moussa al-Aswad- queimada (Minya)•
Igreja dos Apóstolos – queimada (Minya)•
Igreja de Santa Maria – tentativa de incêndio (Qena)•
Igreja Copta de S George – queimada (Sohag)•
Igreja de Santa Damiana – Atacada e queimada (Sohag)•
Igreja da Virgem Maria – queimada (Sohag)•
Igreja de São Marcos e o Centro Comunitário – queimada (Sohag)•
Igreja de Anba Abram – destruída e queimada (Sohag)
Casa do Frei Angelos (vigários da Igreja da Virgem Maria e Pai Abraão) – queimada (Minya)•

  Palavras-chave: perseguiçãocristianismo

Entrevista exclusiva: Karl Kienitz, professor do ITA, fala sobre ciência e fé cristã






Karl Kienitz é engenheiro de eletrônica formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1983.

Concluiu seu mestrado no ITA em 1985 e obteve o doutorado em Engenharia Elétrica na Escola Politécnica Federal de Zürich (ETHZ), Suíça, em 1990.

Foi oficial engenheiro da ativa da FAB até 1993.

Atualmente é Professor Associado do ITA.

Foi bolsista de pesquisa da Fundação Alexander von Humboldt e pesquisador visitante do Centro Aeroespacial Alemão (DLR) em 1996/7 e 2004/5.

É Pesquisador de Produtividade em Pesquisa do CNPq (nível 2).

De janeiro de 2007 a fevereiro de 2011, Karl coordenou o Curso de Graduação em Engenharia Eletrônica do ITA, que em 2009 foi reconhecido pelo MEC como o melhor curso de engenharia do país.

Sua atuação profissional concentra-se nas áreas de Engenharia Elétrica e Engenharia Aeroespacial, com ênfase em Sistemas de Controle.

Karl mantém um site pessoal sobre Fé e Ciência no endereço www.freewebs.com/kienitz.

Em entrevista exclusiva ao blog, Karl faz uma reflexão objetiva sobre ciência e fé cristã.

Muitos cientistas, no início da ciência moderna, eram cristãos. Qual foi a importância da visão de mundo cristã para o desenvolvimento da ciência moderna?

Muitos cientistas desde o início - e não apenas no início - da ciência moderna têm sido cristãos. Ciência depende de certos pressupostos devidamente organizados acerca do mundo. E foi na cultura europeia do final da Idade Média, permeada pelo Cristianismo, que condições adequadas a esse respeito se apresentaram propiciando o desenvolvimento do método experimental da ciência como o conhecemos. Cristãos como Robert Grosseteste e o seu aluno Roger Bacon (século XIII) estiveram entre os primeiros a enfatizar o uso da experimentação para aferir afirmações sobre fenômenos naturais, e deixaram clara uma sólida motivação para tal, enraizada numa visão de mundo cristã. Foram seguidos pelos primeiros cientistas modernos propriamente ditos, cristãos como Agricola, Kepler, Pascal e Boyle. Séculos mais tarde, o cristão James Joule continuaria enfatizando a ligação positiva entre fé cristã e ciência ao dizer que "após conhecer e obedecer à vontade de Deus, o próximo alvo deve ser conhecer algo dos Seus atributos de sabedoria, poder e bondade evidenciados nas obras de Suas mãos." Pois ciência mostrou servir de modo sobremodo excelente para conhecer, explorar e fazer bom uso das "obras de Suas mãos", de tudo aquilo que Deus criou.

Para fazer ciência é necessário pressupor que as ferramentas da ciência – a lei da lógica, a lei da causalidade, o princípio da uniformidade – sejam verdadeiras. A visão de mundo cristã tem algo a dizer sobre essas ferramentas da ciência?

A visão de mundo cristã não chancela esta ou aquela ferramenta da ciência, da filosofia ou de outro ramo da atividade intelectual humana. Mas ela pode nos predispor a esperar que elas funcionem, como acontece no caso das três citadas. Por exemplo, a Bíblia nos revela que Deus é consistente em seu governo da criação, e não cheio de caprichos. Portanto podemos de antemão esperar descobrir padrões regulares no estudo da natureza. Esse tipo de argumento comprovadamente contribuiu para que se investigasse a natureza com uma sistemática que foi sendo aperfeiçoada, resultando no método científico.

Em casos específicos, é possível reconhecer ainda outras contribuições das convicções cristãs. Deixe-me ilustrar com dois exemplos. Kepler servia-se de suas descobertas para destacar a glória e sabedoria do Criador. Galileu argumentava que não se pode presumir que os caminhos e pensamentos de Deus sejam os nossos, e por isso aplicou-se a observar sistematicamente o mundo que Ele criou.

Em síntese, eu não chegaria a dizer que uma visão de mundo cristã foi a base da ciência moderna. A base da ciência moderna foi o árduo trabalho de pessoas de intelecto invejável, tenazmente dedicadas ao estudo da natureza. Mas sua visão cristã do mundo decisivamente as motivou e favoreceu no desenvolvimento e uso do método científico.

Stephen Jay Gould, destacado paleontólogo, biólogo evolucionista e filósofo da ciência, que lecionou em Harvard, e faleceu em 2002, afirmou que cristianismo e ciência podem coexistir, pois ocupam lugares separados na vida humana. O senhor concorda?

Cristianismo e ciência têm coexistido na cultura ocidental, basta estudar história da ciência para constatá-lo. Quando Gould tenta explicar que isso ocorre porque os dois "ocupam lugares separados na vida humana", não acompanho seu raciocínio. De que "lugares separados" ele estaria falando? Contudo sei que para cientistas como James Clerk Maxwell e Max Planck, cristianismo e ciência não têm apenas coexistido; têm existido em união. Planck reiterou que os dois "combatem unidos numa batalha incessante contra o ceticismo e o dogmatismo, contra a descrença e a superstição". E Maxwell sugeriu que "os cristãos cujas mentes dedicam-se à ciência são chamados a estudá-la para que sua visão da glória de Deus possa ser tão extensa quanto possível".

O senhor acredita em milagres?

No Moderno Dicionário da Língua Portuguesa (Melhoramentos), milagre é definido como "fato que se atribui a uma causa sobrenatural". Existem fatos que eu atribuo a causas sobrenaturais. Considero a ressurreição de Jesus Cristo o mais significativo deles.

Não é uma contradição que um cientista acredite em milagres?

Não, pois é o materialista e não o cientista que crê que tudo (no sentido mais amplo do termo) pode ser explicado – ou algum dia o será – em termos de leis naturais.

Se milagres acontecem, há eventos com causas sobrenaturais. Isto é, o senhor atribui certos eventos a causas sobrenaturais quando, na realidade, esses eventos podem ter causas naturais ainda não descobertas. Essa crença não passaria a ideia de que o senhor acredita no Deus das lacunas?

Cientistas geralmente não fazem menção ao sobrenatural em suas assertivas por receio de cometerem a "falácia do deus das lacunas", que consistiria em apelar para o sobrenatural quando de fato existiria uma explicação – ainda não conhecida – em termos de leis naturais. Quando uma pessoa crê que tudo pode(rá) ser explicado em termos de leis naturais, muitas vezes estará propensa a acusar outros da "falácia do deus das lacunas", mesmo sem ter certeza de que um dia existirá uma explicação material/natural adequada. Em última análise, tal pessoa estará simplesmente rejeitando uma explicação que não lhe convém, acusando seu interlocutor de uma suposta "falácia" que pode muito bem não existir. Como exemplo cito a ressurreição de Jesus, para a qual é notória a falha das tentativas naturalistas de explicação. As alternativas – pouco honestas, infelizmente – são simplesmente negar ou ignorar o fato, grotescamente desconsiderando a evidência existente.

Ao contrário do materialista, reconheço como distintos o conjunto daquilo "que é" e o conjunto daquilo "que pode(rá) ser sabido/conhecido por meios naturais". No meu entender é equivocada uma mentalidade como a materialista, na qual a ontologia (a teoria daquilo que é) é derivada da epistemologia (a teoria daquilo que pode ser sabido). Cientistas que professam a fé cristã, e outros cientistas também (como por exemplo Gödel e Einstein) se opõe / opuseram a esse tipo de mentalidade. Eu creio no Deus pessoal e relacional revelado na Bíblia e sei que milagres acontecem. Como cientista tenho um padrão elevado para aceitar milagres, mas não os nego. Se eu algum dia for acusado da "falácia do deus das lacunas", tal acusação será motivada pela fé materialista do acusador e não por falta minha de rigor científico.

Norman Geisler, filósofo cristão, acredita que o materialismo e o naturalismo levam alguns cientistas a ignorar, por exemplo, o design inteligente. Por que a visão de mundo materialista é falsa?

Alvin Plantinga apresentou vários argumentos de peso contra o materialismo, por exemplo no artigo "Against Materialism", publicado na revista "Faith and Philosophy", em 2006. De um ponto de vista mais prático, eu considero que o principal descaminho do materialismo / naturalismo se manifesta no seu procedimento de procurar por explicações para o que talvez seja inacessível por princípio. Assim o materialista se fecha ao discernimento de que existe o perigo da falácia quando busca explicar o inexplicável.

Então, porque ainda existem materialistas e naturalistas?

De fato existem muitos materialistas e naturalistas apesar dos sólidos argumentos contra o materialismo e o naturalismo. A meu ver há (pelo menos) duas explicações possíveis para esse tipo de fenômeno, ambas apontadas por Blaise Pascal (na coletânea Pensèes, fragmentos 245, 259 e 277). (1) Tanto a razão quanto o hábito podem ser fontes de crenças. Muitas pessoas simplesmente adquiriram o hábito de serem materialistas / naturalistas e nunca lhes ocorreu refletir seriamente sobre sua visão de mundo. (2) As pessoas tem o poder de decidir sobre o que irão ou não pensar. Assim também refletir acerca da própria visão de mundo ocorre por decisão própria. Pascal diz que "o coração tem suas razões, que a razão desconhece. … o coração naturalmente ama a Deus, e também naturalmente a si mesmo, dependendo de a quem se entregar; e se endurece contra um ou outro de acordo com sua vontade".

O que um materialista deve fazer para se tornar cristão?

À luz da minha resposta à pergunta anterior, considero que o primeiro passo é reconsiderar objetivamente a própria visão de mundo. Aqueles que desejam trabalhar uma argumentação mais detalhada podem ler os escritos de Alvin Plantinga e William Lane Craig. Aqueles que desejam excelentes textos, porém mais acessíveis, talvez prefiram os textos de Norman Geisler e Josh McDowell.

Qual deve ser o procedimento de um universitário cristão que está sendo confrontado com a visão de mundo materialista e naturalista?

Ao invés de responder a essa pergunta, eu gostaria de remeter a um texto do Prof. Alderi Souza de Matos (Universidade Presbiteriana Mackenzie), que trata de forma muito completa o que está sendo perguntado. Sua "Carta a um universitário cristão" pode ser lida emhttp://www.freewebs.com/kienitz/carta.htm.

  Palavras-chave: cristianismociênciaKarl Kienitznaturalismomaterialismo

Enviado por: Johannes Janzen 

Proporção de cristãos no mundo caiu de 35% para 32%; Europa e América registraram queda, ao contrário da África


por João Novaes, Opera Mundi

A proporção de cristãos no mundo diminuiu nos últimos cem anos. A conclusão é de um estudo global realizado pelo instituto Pew Research Center divulgado nesta segunda-feira (19/12) (Leia a íntegra do estudo aqui). Em números absolutos, segundo a pesquisa, os seguidores do cristianismo quase triplicaram de 600 milhões para mais de 2 bilhões de 1910 até o ano passado. Entretanto, esse crescimento segue a o crescimento da população mundial, de 1,8 bilhões para 6,9 bilhões no mesmo período. Como resultado, o percentual de cristãos no mundo caiu de 35% para 32%.

Outro dado relevante do estudo “Cristianismo Global: informe sobre o tamanho e distribuição da população cristã no mundo” é a diminuição da influência da religião nos dois continentes onde ela possui tradicionalmente sua maior base de seguidores. Na Europa a proporção caiu em 19 pontos percentuais, de 95% para 76%. Entre os europeus, a fé cristã responde a 76% (contra 95% no passado), contra 86% dos americanos (que eram representados por 96% em 2010). Juntos, os dois continentes representam 63% da população cristã no mundo, contra 93%em 2010.

O estudo não comparou o cristianismo com outras religiões. Entretanto, comparado com estudos anteriores do próprio instituto Pew, os muçulmanos representam 1,6 bilhões de pessoas (ou 23,4% d população mundial).

Por outro lado, a religião apresentou um crescimento altamente significativo na África sub-saariana, área relativamente pouco habitada por cristãos no início do século XX. Nessa porção do continente africano, que não corresponde aos países locais de origem árabe e sob forte influência do islã, a proporção cresceu de 9% em 1910 para 63% em 2010. Houve também registro significativo de crescimento na da Ásia e do Oceano Pacífico (sem contar o Oriente Médio). Lá, os cristãos subiram de 3% para 7%.

Segundo o Pew Research Center, conclui-se que o cristianismo está mais espalhado pelo mundo, tornado-se uma religião “mais global“ e menos concentrada no Ocidente.

O estudo é baseado em dados oficiais de todos os países, utilizando-se de mais de 2.400 fontes, incluindo censos e pesquises de abrangência nacional representativas. Em alguns países como a China, por exemplo, o Pew levou em conta estatísticas de grupos relacionados a igrejas.

Diversidade
Segundo o Pew, o catolicismo também permanece como a corrente majoritária, com 1,1 bilhão de seguidores. O Brasil é o país com mais católicos: 133,660 milhões, ou 68,6% de sua população. Esse número equivale a 12% dos católicos no mundo. É seguido em números absolutos pelo México (96 milhões), Filipinas (75 milhões), Estados Unidos (74 milhões) e Itália (50 milhões).

Os protestantes chegam a 801 milhões de fiéis. Apesar de suas origens europeias, eles estão mais representados em outros continentes. Os Estados Unidos são o país onde estão mais representados, com 159 milhões de seguidores (51% de sua população e 20% do total no mundo). São seguidos pela Nigéria (59 milhões), China (58 milhões, embora estes representem somente 4,3% de sua população), Brasil (40 milhões, ou 20,8% de sua população, equivalente a 5,1% no mundo) e África do Sul (36 milhões). Só depois aparece um país europeu: o Reino Unido, berço da Igreja Anglicana, com 33 milhões de pessoas.

Distribuição estimada da população de protestantes por país e território em 2010.


Os ortodoxos somam 60 milhões e estão majoritariamente na Rússia (39%) e em outros países do leste europeu e da África. Correspondem a 12% da população cristã. Outras correntes não chegam a 1% da representatividade cristã, incluindo mórmons e Testemunhas de Jeová. No total, somam 28 milhões de pessoas ao redor do mundo.

No total de cristãos, os EUA são o país com maior população (246 milhões, ou 79,5%), com o Brasil em segundo lugar (175 milhões, com 90%).

Outros dados
Os cristãos são a religião majoritária em 158 países. Já a região com menor concentração de cristãos é Oriente Médio, com 4% - região predominantemente muçulmana. Já na Indonésia, país com a maior população muçulmana do mundo, abriga mais cristãos do que vinte países africanos de maioria cristã combinados. Cerca de 90% dos cristãos, ainda segundo o Pew, moram em países onde representam a religião majoritária.

  Palavras-chave: cristãoscristianismoprotestantes