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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

As doenças do nosso século - As curas que a Bíblia oferece - 3º Trimestre 2008

Lições Bíblicas CPAD

Sumário das Revistas de 2008 - Jovens e Adultos


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3º Trimestre

Título: As doenças do nosso século - As curas que a Bíblia oferece
Comentarista: Wagner dos Santos Gaby



Lição 3: Vivendo sem medo










Lição 1: As doenças do nosso século - 06 de Julho de 2008

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos



3º Trimestre de 2008


Título: As doenças do nosso século - As curas que a Bíblia oferece
Comentarista: Wagner dos Santos Gaby


Lição 1: As doenças do nosso século
Data: 06 de Julho de 2008

TEXTO ÁUREO


"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos(2 Tm 3.1).

VERDADE PRÁTICA


Neste século marcado pela descrença e impiedade, deve o cristão apegar-se firmemente aos princípios da Palavra de Deus, a fim de ser exemplo da verdade, justiça, e temor a Deus.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - At 2.40
Salvai-vos desta geração perversa


Terça - 1 Jo 5.19
A sociedade rebelada contra Deus jaz no maligno


Quarta - Tg 4.4
Os amigos do mundo são inimigos de Deus


Quinta - Fp 2.15
Filhos de Deus inculpáveis numa geração corrompida e perversa


Sexta - Ef 2.2
O príncipe das potestades do ar domina sobre os desobedientes


Sábado - 1 Jo 5.4
Os nascidos de Deus vencem o mundo através da fé

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


2 Timóteo 3.1-9.

1 - Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;
2 - porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 - sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 - traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 - tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
6 - Porque deste número são os que se introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências,
7 - que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.
8 - E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.
9 - Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.

INTERAÇÃO


Prezado professor, neste trimestre estudaremos As Doenças do Nosso Século. São treze lições que descrevem as enfermidades pessoais, sociais e religiosas que assolam os homens na pós-modernidade. Entre as doenças examinadas estão: o medo, a ansiedade, a depressão, o consumismo, as drogas, a imoralidade e o mundanisno. O comentarista, Pr. Wagner Tadeu dos Santos Gaby, é advogado, escritor e membro da Casa de Letras Emílio Conde.
Ore para que o Senhor Jesus salve, conforte e transforme nossos alunos e visitantes durante a ministração das aulas. Faça de At 2.40 sua proclamação profética: "Salvai-vos desta geração perversa".

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Descrever as doenças intrapessoais.
  • Explicar as doenças sociais.
  • Citar as doenças religiosas.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Prezado professor, você sabe classificar e seriar um determinado assunto?Classificar é distribuir certos elementos em categorias correspondentes, enquantoseriar é ordenar as coisas por uma sucessão. Esta lição classifica as doenças de nosso século em: intrapessoais, sociais e religiosas, mas é possível distribuí-las de outro modo. Escreva no quadro a seguinte disposição: egoísta, sacrílego, materialista, hedonista, vaidoso e desafeiçoado. A seguir, solicite à classe que relacione os atributos negativos dos homens dos últimos dias obedecendo a essa nova classificação. Veja o quadro abaixo.

EGOÍSTA
SACRÍLEGO
MATERIALISTA
HEDONISTA
VAIDOSO
DESAFEIÇOADO

Amante de si mesmo, ingrato, irreconciliável
Blasfemo, profano, inimigo de Deus, hipócrita religioso
Avarento
Amigo dos deleites, incontinente
Presunçoso, soberbo, orgulhoso
Sem afeto natural, desobediente a pais e mães, cruel, sem amor para com os bons, caluniador, traidor, obstinado


COMENTÁRIO


introdução

Palavra Chave
Doença: Falta ou perturbação da saúde; moléstia, mal, enfermidade.

Os dias que antecederão a segunda vinda de Cristo serão marcados por um sensível aumento da iniqüidade sobre o mundo. As pessoas estarão, nesse tempo, mais propensas a certas enfermidades do espírito tais como egoísmo, perversão e crueldade. Conforme vaticinou nosso Senhor Jesus, a maldade se multiplicará e o "amor de muitos se esfriará". Todavia, "aquele que perseverar até ao fim será salvo" (Mt 24.12,13).
Nesta lição, estudaremos algumas das "doenças" que caracterizam a sociedade desses tempos difíceis e trabalhosos, conforme nos mostra o texto em estudo.
Para fins didáticos, elas serão divididas em doenças intrapessoais, sociais e religiosas.

I. DOENÇAS NA ÁREA INTRAPESSOAL

Muitas dessas enfermidades espirituais do homem sem Deus são internas ou intrapessoais. Vejamos algumas das mais severas e perniciosas.
1) Orgulho e Vaidade. Muitos se gabam de seus próprios atos e glorificam suas realizações com o único intuito de impressionar as pessoas. São os adeptos do culto à personalidade (Sl 4.2; 94.11; 144.4; Jr 2.5), os presunçosos, soberbos que desejam ardentemente fama e projeção social (Ec 1.2; Mt 23.2-7; Ef 4.17-19). Estes são os que se julgam superiores aos outros, e desprezam os que estão abaixo de sua condição privilegiada (Pv 11.2; 16.18; 21.4).
2) Egoísmo e Avareza. Essas enfermidades caracterizam os chamados "amantes de si mesmos". Elas fazem com que as pessoas sejam individualistas e nutram desejos irrefreáveis de alcançar seus interesses pessoais em detrimento do respeito e amor pelo outro.
O egoísta é ambicioso e narcisista: adora a si mesmo (2 Tm 3.2). Já o avarento, "amante do dinheiro", é obcecado pelo lucro (Pv 21.6). Nestes últimos dias, o materialismo tem levado as pessoas a se digladiarem pelo vil metal e, infelizmente, as promessas de "fortuna fácil" têm atingido os púlpitos de muitas igrejas (1 Tm 6.10). Todavia, a Palavra de Deus é incisiva: "guardai-vos da avareza" (Lc 12.15-21; Hb 13.5).
3) Incontinência. Essa é a doença que faz com que as pessoas não tenham domínio de si mesmas, isto é, não consigam refrear seus impulsos naturais dominados pelo pecado. Isso fica claro em Romanos 1.23-32, quando a Bíblia nos adverte enfaticamente acerca desta condição pecaminosa. A Palavra de Deus nos admoesta a fazermos tudo com moderação, autocontrole e disciplina (Gl 5.22; 2 Tm 1.7). Porém, muitas vezes a incontinência leva as pessoas a rejeitarem a Deus, se entregando à libertinagem, à prostituição e aos vícios infames.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

As doenças intrapessoais mais perniciosas ao convívio eclesiástico e social são: orgulho, vaidade, egoísmo e avareza.

II. DOENÇAS NA ÁREA SOCIAL

Como podemos depreender do texto bíblico em estudo, o pecado Original não afetou apenas o indivíduo, mas também seus relacionamentos. Dentre as enfermidades sociais desses tempos difíceis podemos destacar:
1) Desobediência aos pais e ingratidão. É de se notar que ao longo da história, a cultura anticristã tem incentivado a desobediência ao mandamento divino, explícito em Êxodo 20.12, que ordena aos filhos honrar pai e mãe. Entretanto, nada se compara a insubordinação obstinada dos filhos aos pais nesses últimos dias (Rm 1.30; 1 Tm 1.9). Lembremos que a responsabilidade de educar os filhos não é dos avós, nem da escola e igreja, muito menos do Estado. Esse dever é dos pais (Dt 6.6,7; Sl 127.3-5; Pv 22.6). A ingratidão, por sua vez, é uma conseqüência da apostasia destes últimos tempos. Sempre que há uma ascensão do paganismo e do pecado, os homens tendem à ingratidão (Rm 1.21).
2) Desamor e Crueldade. Há por toda parte pessoas desprovidas de "afeto natural", isto é, que não têm afeição, amor e cuidado nem mesmo pela própria família. São pais desafeiçoados aos filhos, e filhos que não têm a menor consideração e carinho pelos pais (1 Tm 1.9; Ef 6.1-4). Desde o passado distante, o desamor e a crueldade têm caminhado juntos revelando a irracionalidade e a selvageria dos homens (Êx 1.22; 2 Rs 25.7). A Bíblia nos alerta sobre os que "respiram crueldade" contra seus desafetos (Sl 27.12). A falta de afeição dos ímpios faz com que até seus animais sofram (Pv 12.10 cf. Nm 22.27). Não nos enganemos! Os "últimos dias" não serão menos violentos que os do tempo pré-diluviano (Gn 6.5,11).
3) Dureza de coração e Calúnia. O perdão e a reconciliação são atributos necessários à convivência social e religiosa. Porém, a Palavra de Deus nos adverte que nos últimos dias, os homens tornar-se-ão irretratáveis, "duros de coração", e incapazes de perdoar. Nas regras de sobrevivência do mundo moderno não há espaço para a compaixão e perdão. Jesus, em seu conhecido sermão do monte, condenou taxativamente o rancor vingativo, e enobreceu a mansidão e a graça (Mt 5.5,9,21-26; 11.29; Mc 11.25). A calúnia, no original "diábolos", é outra doença terrível desse século. São caluniadores aqueles que se comprazem em depreciar a honra e a moral alheia (Tt 2.3). O difamador, diz a Bíblia, "separa os maiores amigos" (Pv 16.28).
4) Traição e Hipocrisia. São desvios de caráter próprios de certos executivos e políticos que se orgulham de enganar seus concorrentes e descumprirem suas promessas em razão de suas conveniências pessoais (Is 32.6; Lc 12.1; 1 Tm 4.2). Infelizmente, essas doenças atingem todas as áreas e níveis da sociedade (Is 9.17; Mt 6.2,5,16). Não nos esqueçamos que até no colégio apostólico houve um discípulo traidor e hipócrita (Mt 26.47-50; Jo 12.3-6). Assim como Judas, muitos têm aparência de piedade, mas são lobos devoradores (Mt 7.15).
5) Aversão ao bem. Nos últimos dias, diz-nos a Palavra de Deus, os homens serão inimigos do bem e negar-se-ão a praticá-lo. Desprezarão os bons e amarão os maus (Sl 14.1; Pv 28.5; 2 Tm 3.13).
Atualmente, a indústria do entretenimento tem induzido nossas crianças a gostarem de "heróis" de caráter explicitamente mau, seres demoníacos e monstros malignos através de jogos eletrônicos e das histórias em quadrinhos. Contudo, o cristão deve ser "amigo do bem" (Tt 1.8).
6) Abuso de poder. Diz respeito aos homens obstinados, orgulhosos e atrevidos que abusam do poder temporário, cultuando a própria personalidade (Ez 28.5-8; Jo 19.10,11; At 12.20-23). Aqui também estão incluídos aqueles obreiros de ministérios independentes, que não obedecem nem prestam contas a ninguém (2 Cr 26.18-21). Reconsideremos o exemplo do servo que espancava os conservos na ausência de seu senhor (Mt 24.46-51). A Escritura exorta à obediência aos pastores (Hb 13.7,17; 1 Ts 5.12,13), mas ordena que o ministro presida "com cuidado" e "governe bem" (Rm 12.8c; 1 Tm 5.17).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

As mais graves doenças sociais de nosso século são: desobediência aos pais, ingratidão, desamor, crueldade, dureza de coração, calúnia, traição, hipocrisia, aversão ao bem e abuso do poder.

III. DOENÇAS NA ÁREA RELIGIOSA

O pecado prejudicou o relacionamento do homem consigo, com os outros e com Deus. Neste século perverso os principais pecados contra Deus são:
1) Blasfêmia e Irreverência. Os blasfemos são os que difamam a honra alheia. Há os que ultrajam a glória de Deus (Lv 24.16; Mt 12.22-32; 15.19; Mc 3.28,29), e aqueles que difamam o comportamento religioso do cristão e a doutrina (At 26.9-11; 1 Tm 6.1; Tg 2.6,7). Não devemos, porém, dar motivos para os ímpios blasfemarem contra o Senhor e o Evangelho (2 Sm 12.14; 1 Tm 6.1). Os blasfemos também são irreverentes. O termo "irreverente" significa "ímpio" ou "sem respeito pelo sagrado". No final dos tempos os homens se afastarão de Deus a ponto de perderem o respeito pelas coisas santas. Lamentavelmente, a pior profanação, algumas vezes, manifesta-se na Casa de Deus, com a falta de sinceridade e irreverência durante o culto divino (Sl 93.5; Is 56.7; Mc 11.17).
2) Apego aos prazeres mundanos. A Bíblia vaticina que nos últimos dias os homens viverão em função do aprazimento deste mundo (Lc 12.19), isto é, serão "mais amigos dos deleites do que amigos de Deus". O estilo de vida mundano, chamado atualmente de hedonismo, prega que o principal alvo da vida humana é a obtenção do prazer, a fim de evitar a dor e o sofrimento (Pv 21.17; 2 Pe 2.13). Porém, a Palavra de Deus nos assevera: "glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus" (1 Co 6.20).

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Os principais pecados contra Deus, praticados por esse século vil, são: blasfêmia, irreverência e apego aos prazeres mundanos.

CONCLUSÃO

A Bíblia, em Efésios 6.10-18, afirma que devemos nos fortalecer no Senhor e nos revestir de toda a armadura de Deus, a fim de que estejamos firmes contra as astutas ciladas do Diabo e possamos resistir "no dia mau". Esse "dia" é agora! Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz (Rm 13.12).

REFLEXÃO


"Os grandes não entram no céu porque a porta é pequena". Chaim Mesquita

VOCABULÁRIO


Hedonismo: Doutrina que considera o prazer imediato como o único bem possível.
Intrapessoal: Dentro da pessoa; internalizado no indivíduo.
Profanação: Irreverência contra pessoa ou coisa digna de todo o respeito.
Taxativo: Que não admite réplica ou contestação.
Vaticinar: Profetizar, predizer; prenunciar, adivinhar.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


DORTCH, R. Orgulho fatal. RJ: CPAD, 1996.
WILKERSON. D. Toca a trombeta em Sião. 9.ed., RJ: CPAD, 2001.

EXERCÍCIOS


1. Cite três doenças intrapessoais de nosso século.
R. Orgulho e vaidade; egoísmo e avareza; incontinência.

2. Explique o sentido de incontinência.
R. Doença mediante a qual a pessoa não tem domínio sobre seus impulsos pecaminosos.

3. Quais são as doenças sociais de nosso século?
R. Desobediência aos pais e ingratidão; desamor e crueldade; dureza de coração e calúnia, etc.

4. Em sua opinião, qual desses pecados sociais é o mais grave?
R. Resposta pessoal.

5. Descreva as doenças religiosas de nosso tempo.
R. Blasfêmia e irreverência; apego aos prazeres mundanos.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO


Subsídio Teológico

"Paulo e a Disciplina

1) A lista de Paulo em 2 Tm 3.1-9 começa descrevendo as pessoas dos últimos tempos como amantes de si mesmos (v.2). O egoísmo encabeça a lista dos males do final dos tempos.
2) O materialismo vem em segundo lugar; as pessoas serão 'avarentas', amando o dinheiro e aquilo que este é capaz de comprar;
3) A arrogância é o terceiro vício. A palavra 'presunçosos' se refere a 'alguém que alardeia e ostenta realizações, e em sua jactância ultrapassa os limites da verdade, procurando se destacar e se engrandecer em uma tentativa de impressionar'.
4) A pessoa 'soberba' (isto é, arrogante ou altiva) é 'alguém que procura se mostrar superior aos outros'.
5) Os 'blasfemos' são aqueles que usam suas palavras para caluniar os outros. O termo grego fornece a raiz da palavra portuguesa 'blasfêmia'.
6) Os 'desobedientes a pais e mães' são os rebeldes.
7) Eles são 'ingratos' ou mal-agradecidos.
8) Eles são 'profanos' ou não religiosos.
9) Aqueles 'sem afeto natural' (v.3) são os que não amam a família, e insensivelmente não amam aos pais, isto é, desprezam o afeto natural. Sêneca cita a prática de expor os bebês indesejados como uma ilustração de tal falta de humanidade e sensibilidade, e de afeto natural [...]".
(ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. Comentário bíblico pentecostal: Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003, p. 1497-8.)

APLICAÇÃO PESSOAL


"Salvai-vos desta geração perversa". Com este imperativo categórico, exortava o apóstolo Pedro a sua geração. A proclamação ou kerygma da igreja primitiva resume-se em dois substantivos: anunciação e condenação. Anunciação das Boas Novas de Salvação, cumpridas e realizadas por Cristo Jesus. Condenação do pecado, da injustiça, da violência, do paganismo, da imoralidade e da hipocrisia. Na anunciação a igreja cumpre sua missão sacerdotal, mas na condenação, a missão profética. A primeira salvífica, porém a segunda, exortativa.
A igreja moderna também é responsável pelo anúncio do kerygma cristão primitivo. Devemos proclamar a salvação em Cristo, sem jamais deixar de condenar os pecados dos homens. Anunciemos, pois, a salvação, mas também denunciemos os pecados dos homens na pós-modernidade.

Lição 2: Vencendo a ansiedade - 13 de Julho de 2008

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos



3º Trimestre de 2008


Título: As doenças do nosso século - As curas que a Bíblia oferece
Comentarista: Wagner dos Santos Gaby


Lição 2: Vencendo a ansiedade
Data: 13 de Julho de 2008

TEXTO ÁUREO


"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós(1 Pe 5.7).

VERDADE PRÁTICA


A fé em nosso Senhor Jesus é o único remédio capaz de desfazer os efeitos danosos da ansiedade.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Lc 8.14
A ansiedade inibe o crescimento espiritual


Terça - Lc 10.41
A ansiedade consome as energias física e mental


Quarta - Lc 21.34
A ansiedade e a segunda vinda de Cristo


Quinta - Sl 94.19
O Senhor consola e reanima o crente ansioso


Sexta - Mt 6.25
Não andeis ansiosos quanto à vossa vida


Sábado - 1 Pe 5.7
Lançando sobre o Senhor a nossa ansiedade

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Mateus 6.25-30,33,34.

25 - Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta?
26 - Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
27 - E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
28 - E, quanto ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam.
29 - E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
30 - Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?
33 - Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
34 - Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

INTERAÇÃO


Professor, o termo original (no gr. merimnaō) em Mt 6.25 traduzido por "cuidadoso" (ARC) e "ansioso" (ARA), significa "estar indevidamente preocupado", "ter ansiedade" ou "estar em ansiedade desnecessária". Nos versículos 25-27, Jesus apresenta a inutilidade desta emoção, mas em 28-33 ensina a confiar na graça diária de Deus para a provisão das necessidades e cura da inútil ansiedade.
Afirme aos alunos que a confiança incondicional na provisão e proteção do Senhor não é uma opção do crente, mas um mandamento irrefutável (Mt 6.34). Após a ministração da aula, ore por seus alunos.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Explicar as causas da ansiedade.
  • Descrever as conseqüências da ansiedade.
  • Evitar a ansiedade.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, explique aos seus alunos as causas, sintomas e tratamento da ansiedade. Ateste que a ansiedade, se não for tratada, pode desenvolver outros sintomas emocionais mais graves. Faça a seguinte pergunta à classe: Quais as causas, sintomas e tratamento da ansiedade?
Utilize os recursos da aula dialógica: instigue, questione, reformule. Incentive o aluno a dialogar, questionar, refletir, expressar suas dúvidas e opiniões a respeito do assunto. Porém, esteja sempre na orientação e direção dos debates, evitando as questões irrelevantes. Use a tabela abaixo para responder a questão.

ANSIEDADE

A ansiedade é um estado emocional de inquietude, medo e perturbação do Sistema Nervoso Central

CAUSAS
Sociais: Cuidados excessivos com a vida e com o acúmulo de bens materiais; dívidas insolúveis, saúde, etc. 
Drogas: Lícitas e ilícitas (álcool, etc.).
Espirituais: Fé vacilante.
Emocionais: Medo, insegurança, desesperança.

SINTOMAS
Físicos: Sudorose, fadiga, cefaléia, taquicardia, nervosismo, etc.
Emocionais: Medo, confusão mental, dificuldade para relaxar, insônia, etc.
Espirituais: Dificuldade para orar, santificar-se e ler a Bíblia.

TRATAMENTO
Medicamentoso: Há remédios para tratar a ansiedade.
Físico-emocional: Caminhada, leitura de um bom livro, etc.
Espiritual: Fé, oração, leitura bíblica e esperança em Deus.


COMENTÁRIO


introdução

Palavra Chave
Ansiedade: Estado emocional de inquietude, medo e perturbação do Sistema Nervoso Central.

A ansiedade está no topo da lista dos grandes males que afligem a sociedade dos nossos dias. Acontecimentos veementes e pavorosos por toda parte, têm levado inúmeras pessoas a se preocuparem demasiadamente com a segurança e o futuro. Mesmo entre os crentes em Jesus, há os que se deixam dominar pela ânsia, agitação e medo, anulando a fé em suas vidas. O Senhor Jesus, em seus ensinos, revelou-nos o caminho para vencermos a ansiedade, demonstrando que o Deus que cuida das aves e dos lírios do campo, é o mesmo que cuida de nós com seu imenso amor. Para tanto, basta tão somente confiarmos nEle e buscarmos seu reino e justiça em primeiro lugar.

I. CAUSAS DA ANSIEDADE

A psicologia define a ansiedade como um estado emocional doloroso, marcado por inquietude, medo e acompanhado por certo grau de perturbação do sistema nervoso. Algumas de suas principais causas são:
1. Fé vacilante. A fé vacilante em Deus é a principal causa da ansiedade (vv.30-34). Uma fé fraca e inconstante pode resultar em uma série de "medos". São sentimentos de grande inquietação ante um perigo real ou imaginário medo do insucesso, de enfermidades, de rejeição, de perder o emprego, de falência, do futuro, e até da morte (Sl 39.6; Ec 4.6; Lc 10.41; 12.29; 21.34).
2. Cuidados excessivos com a vida. Vejamos os principais:
a) Cuidados com a ascensão social. Querendo ou não, em algumas situações, somos forçados a competir o tempo todo. Na vida profissional, por exemplo, muitos disputam promoções, nem sempre de forma leal. O esforço para se manter em constante ascensão social e profissional é uma das principais causas de ansiedade no mundo moderno.
A inquietação ansiosa de Saul, em razão do sucesso de Davi, trouxe ao rei intensas perturbações e sérios problemas de ordem física, mental e espiritual (1 Sm 18.7-16).
b) Cuidados com o acúmulo de bens materiais. Muitos compram uma casa pequena hoje, desejam outra maior amanhã, depois uma mansão, e mais tarde um castelo (Pv 15.16; 30.15). Segundo a Bíblia, "não há fim" para o trabalho dos homens e "nem os seus olhos se fartam de riquezas" (Ec 4.8). Contudo, somos admoestados pelo Senhor a vivermos uma vida piedosa e cheia de contentamento (Lc 3.14; Fp 4.11; 1 Tm 6.6-8).

SINOPSE DO TÓPICO (I)

A ansiedade é um estado emocional de inquietude, medo e perturbação do Sistema Nervoso Central. Suas principais causas são: fé vacilante e os cuidados excessivos com a vida, tais como o acúmulo de bens materiais e a ascensão social.

II. O ESTRESSE COMO CONSEQÜÊNCIA DA ANSIEDADE

1. A ansiedade conduz ao estresse. Estresse é o resultado de um conjunto de reações orgânicas e psíquicas do organismo humano quando exposto a estímulos como provocação, irritação, medo etc. Esta doença afeta milhares de pessoas em todo o mundo, inclusive os crentes e seus líderes. Moisés, Elias e Paulo, experimentaram certo nível de estresse em seus ministérios (Êx 18.18; 1 Rs 19.3,4; 2 Co 1.8), mas, pela graça de Deus, em tudo foram vencedores (Rm 8.37).
a) Causadores de estresse. Entre as causas mais comuns destacam-se: excesso de trabalho, mudanças drásticas na vida (divórcio, perda de emprego, morte de um ente querido), tensões prolongadas decorrentes de problemas familiares, hábito constante de estar se culpando e achando-se indigno perante o Senhor (Sl 73; Pv 24.19-21; Ec 2.22,23).
b) Sintomas do estresse. Os sintomas mais freqüentes são: estafa, fraqueza, dificuldade para raciocinar e memorizar, desânimo, enfermidades, perda da libido, depressão, alteração do apetite, desânimo, inclusive para orar e ler a Palavra de Deus. Contra esses males leia: Sl 37.5; 90.17; 91; Mt 11.29,30; Fp 4.6,7,11-13. Além das debilidades físicas, a ansiedade e o estresse alimentam pensamentos negativos, drenam a energia da pessoa, reduzindo sua produtividade e capacidade de tomar decisões sensatas. O crente, entretanto, é admoestado a pensar no que é verdadeiro, a crer e a viver a paz de Deus (Jo 14.1,27; Fp 4.7,8).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

O estresse é o resultado de uma série de reações orgânicas e psíquicas causadas pelo excesso de trabalho, drásticas mudanças na vida e tensões prolongadas. Os principais sintomas são: estafa, fraqueza, dificuldade para raciocinar, perda do libido, depressão, etc.

III. COMO EVITAR A ANSIEDADE

A ansiedade não terá lugar em nossas vidas quando dermos prioridade a Deus, especialmente nas seguintes situações:
1. Diante das finanças. A Bíblia afirma que Deus deve estar em primeiro lugar também em nossas finanças (Mt 6.19-34). Portanto, devemos evitar a avareza e a busca desesperada pelos recursos deste mundo (1 Tm 6.6-11). As riquezas que acumulamos nesta vida são perecíveis e passageiras, mas as que ajuntamos no céu são perenes (Mt 6.19-20; Lc 12.16-21). Por isso Jesus nos alertou: “onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 6.21). Os bens materiais e a prosperidade são dádivas divinas (Ec 5.19 cf. 3.13; 1 Tm 6.17). O que a Palavra de Deus condena é o materialismo avaro que cativa suas vítimas a este mundo, fazendo-as desprezar o Reino de Deus (Mt 13.21,22; 2 Tm 4.10).
2. Diante das necessidades cotidianas. Segundo Mateus 6.25-32, não precisamos nos preocupar sobre o que iremos comer, beber ou vestir. Tal inquietação é infrutífera (v.27), inadequada para o crente e sinônimo de incredulidade (vv.31,32). O Senhor se apraz em suprir todas as nossas necessidades (2 Co 8.9; Ef 1.3; Fp 4.19).
3. Diante do trabalho para o Senhor. Deus deve estar acima do trabalho que realizamos para Ele mesmo. A Palavra afirma: "Buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça" (v.33), isto é, as realidades celestiais deverão vir à frente das terrenas. Aqui temos uma verdadeira escala de valores: o corpo vale mais que seu vestuário, a vida vale mais do que a comida que a sustenta (vv.25-32), e acima das coisas terrenas, está o Senhor, Todo-Poderoso. Entregue a Cristo a direção e o controle total de sua vida, e desfrutarás do seu onipotente e eterno cuidado (Rm 8.32; 2 Co 9.8-11).

SINOPSE DO TÓPICO (III)

A ansiedade não terá lugar em nossa vida se dermos prioridade a Deus diante das finanças, das necessidades cotidianas e no trabalho para o Senhor.

IV. COMO VENCER A ANSIEDADE

O que fazer quando estamos ansiosos? Em suma, devemos pedir a Deus que nos dê sua paz (Jo 16.33; Fp 4.6,7; 1 Pe 5.7) e nos conceda sabedoria para fazermos o que é certo ao resolvermos os problemas que nos afligem (Tg 1.5,6). Ademais disso:
1. Seja fiel a Deus e não cobiçoso. As riquezas deste mundo, sem a bênção e a sabedoria divina, contaminam nossa vida com a cobiça (Mt 6.22,23; Lc 11.34-36; 1 Tm 6.6-11; Hb 13.5), inquietações e incertezas (Ec 5.12; Lc 18.25; 1 Tm 6.17). Todavia, a fidelidade a Deus enriquece o justo em todos os seus caminhos (Pv 10.6; 28.20). Creia que Deus é suficientemente poderoso para fazê-lo prosperar em todas as coisas (Ef 3.20,21; 2 Co 9.8-11).
2. Confie na provisão divina (Mt 6.30-34). Deus não apenas conhece nossas necessidades primárias (Mt 6.11,25), mas nos socorre nas angústias e tribulações (Sl 107.28-30; 2 Co 1.3,4). Ele é poderoso "para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos" (Ef 3.20 - ARA). Creia que o Senhor "é galardoador dos que o buscam" (Hb 11.6), e "não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho de caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis" (Hb 6.10). O Senhor jamais se esquece dos seus filhos (Is 49.15; Hb 13.5). Seus olhos e ouvidos não estão cerrados à nossa oração (Is 59.1; 65.24).

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

Para vencer a ansiedade, é necessário que o crente peça a paz de Deus, seja fiel ao Senhor, não seja cobiçoso e confie na provisão divina.

CONCLUSÃO

Nosso maior anseio deve ser a presença de Deus e a busca de seu Reino (Sl 42.1; 130.6). Não se preocupe com as demais coisas! Descanse no Senhor! Coloque um fim a toda ansiedade que procura tirar sua paz e prejudicar sua comunhão com Deus (Sl 37.7). Saia imediatamente do labirinto da escuridão e do medo! Liberte-se das correntes que o prendem a esse mal! Permaneça em Cristo pela fé (Sl 55.22; 1 Pe 5.7) e aceite o amoroso convite de Jesus (Mt 11.28-30).

REFLEXÃO


"As riquezas que acumulamos nesta vida são perecíveis, mas as que ajuntamos no céu são perenes".

VOCABULÁRIO


Aprazer: Ser aprazível; agradar, deleitar.
Avaro: Que tem avareza, que é sórdida e excessivamente apegado ao dinheiro.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


SILVA, S. P. Entrando no campo da fé. RJ: CPAD, 2006.
STANLEY, C. Paz: maravilhoso presente de Deus para você. RJ: CPAD, 2004.

EXERCÍCIOS


1. O que é ansiedade?
R. A psicologia define a ansiedade como um estado emocional doloroso, marcado por inquietude, medo e acompanhado por certo grau de perturbação do sistema nervoso.

2. Cite dois cuidados excessivos de nossos dias.
R. Cuidados com a ascensão social e com o acúmulo de bens materiais.

3. Descreva três causas e dois sintomas do estresse.
R. Causas: excesso de trabalho, drásticas mudanças na vida e tensões prolongadas. Sintomas: estafa, fraqueza, dificuldade para raciocinar, perda da libido, depressão, etc.

4. Em quais áreas de nossa vida devemos dar prioridade a Deus?
R. Diante das finanças, das necessidades cotidianas e no trabalho para o Senhor.

5. Como o crente pode vencer a ansiedade?
R. Para vencer a ansiedade é necessário que o crente peça a paz de Deus, seja fiel ao Senhor, não seja cobiçoso e confie na provisão divina.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO


Subsídio Devocional

"Há momentos que somos atingidos em algum ponto fraco por acidente, tragédia, enfermidade, ou uma situação indesejada. Há também os impulsos e desejos interiores que podem nos levar a momentos de angústia ou carência. Há momentos em que nós, de repente, nos encontramos em uma situação difícil que não tínhamos previsto. Há momentos em que ouvimos ou vemos notícias devastadoras que nos fazem, momentaneamente, sentir como se o tapete tivesse sido tirado de debaixo dos nossos pés. A ansiedade aparece. O pânico manifesta-se inesperadamente. O medo nos toma de surpresa.
Quando nos deparamos com tais momentos de crise, podemos adotar uma dentre duas opções: podemos abrir a porta e convidar que essas emoções negativas e improdutivas entrem em nossos corações, ou podemos tomar medidas imediatas para recuperar a nossa paz e segurança [...] Toda pessoa passa por momentos de ansiedade, pânico ou medo na vida.
O erro surge quando aceitamos essas emoções, quer com os braços abertos quer com relutância, e permitimos que elas fiquem e, gradualmente, encontrem um lugar de descanso em nossos corações [...] Em vez de permitirmos que 'coisas' negativas aprisionem o nosso coração, devemos fazer o que Jesus fez e ensinou".
(STANLEY, C. Paz: maravilhoso presente de Deus para você. RJ: CPAD, 2004, pp.55-6.)

APLICAÇÃO PESSOAL


O melhor e mais eficaz antídoto contra a ansiedade é a confiança inabalável nas palavras de nosso Senhor Jesus. Ele ordenou: "Não vos inquieteis". A gélida lágrima e o frio soturno da desesperança se dissiparam ante o sussurro da fé de Ana (1 Sm 1.10,13,15). Enquanto orava, o Espírito a confortava: "Não vos inquieteis" (Rm 8.26). A latente dor de Ana era manifestada apenas no altar da oração, refúgio dos oprimidos e ansiosos (Ap 8.3,4). Ela perseverava diante de Deus, mesmo quando as lágrimas e os verbos lhe faltaram (Cl 4.2). O cicio melancólico foi rompido e vencido pela convicção interna de que Deus a ouvira (1 Sm 1.18,19). "Não vos inquieteis"! O mesmo Deus que socorreu e confortou a Ana é o mesmo que o toma pela mão direita e diz: "Não vos inquieteis"! (Sl 73.23).