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sábado, 30 de junho de 2012

A nona perseguição da igreja - Aureliano 274 d.C.

 

Os principais que padeceram nesta foram: Felix, bispo de Roma. Este prelado acedeu à sede de Roma em 274 . foi o primeiro mártir da petulância de Aureliano, sendo decapitado no 22 de dezembro aquele mesmo ano.

Agapito, um jovem cavaleiro, que tinha vendido suas possessões e entregado o dinheiro aos pobres, foi arrestado como cristão, torturado e depois decapitado em Praeneste, uma cidade a um dia de viagem de Roma.

Estes são os únicos mártires registrados durante este reinado, que pronto viu seu fim, ao ser o imperador assassinado em Bizâncio por seus próprios criados.

Aureliano foi sucedido por Tácito, que foi seguido por Probo, e este por Caro; ao ser morto este imperador por um raio, seus filhos Camio e Numeriano o sucederam, e durante todos estes reinados a igreja teve paz.

Diocleciano acedeu ao trono imperial em 284 d.C. ao princípio mostrou grande favor aos cristãos. No ano 286 associou consigo no império a Maximiano. Alguns cristãos foram mortos antes que de desatasse nenhuma perseguição geral. Entre estes estavam Feliciano e Primo, que eram irmãos.

Marco e Marceliano eram gêmeos, naturais de Roma, e de linhagem nobre. Seus pais eram pagãos, mas os tutores, aos quais tinha sido encomendada a educação dos filhos, os criaram como cristãos. Sua constância aplacou finalmente os que desejavam que se convertessem em pagãos, e seus pais e toda a família se converteram a uma fé que antes reprovavam. Foram martirizados sendo amarrados a estacas, com os pés traspassados por pregos. Depois de permanecer nesta situação um dia e uma noite, seus sofrimentos foram terminados com umas lanças que traspassaram seus corpos.

Zoe, a mulher do carcereiro, que teve a seu cuidado os mártires acabados de mencionar, foi também convertida por eles, e foi pendurada numa árvore, com um fogo de palha aceso embaixo dela. Quando seu corpo foi descido, foi lançado num rio, com uma grande pedra amarrada a ele, a fim de afundar.

No ano 286 de Cristo teve lugar um fato além de notável. Uma legião de soldados, que consistia seis mil setecentos e seis homens, estava totalmente constituída por cristãos. Esta legião era chamada a Legião Tebana, porque os homens tinham sido recrutados de Tebas; estiveram aquartelados no oriente até que o imperador Maximiano ordenou que se dirigissem às Gálias, para que ajudassem contra os rebeldes de Borgofia. Passaram os Alpes, entrando nas Gálias, sob as ordens de Mauricio, Cândido e Exupernio, seus dignos comandantes, e no fim se reuniram com o imperador. Maximiano, para este tempo, ordenou um sacrifício geral, ao que devia assistir todo o exército; também ordenou que se devia tomar juramento de lealdade e ao mesmo tempo que se devia jurar ajudar à extirpação do cristianismo nas Gálias. Alarmados ante as ordens, cada um dos componentes da Legião Tebana recusou de maneira absoluta a tomar os juramentos prescritos. Isto enfureceu de tal modo a Maximiano que ordenou que toda a legião fosse dizimada, isto é, que se selecionasse um de cada dez homens, e matá-lo a espada. Tendo executado esta sanguinária ordem, o resto permaneceu inflexível, tendo lugar uma segunda dizimação, e um de cada dez homens dos que sobravam foi também morto a espada. Este segundo castigo não teve mais efeito que o primeiro; os soldados se mantiveram firmes em sua decisão e em seus princípios, mas por conselho de seus oficiais fizeram um protesto de fidelidade a seu imperador. Poderia pensar-se que isso suavizaria o imperador, mas teve o efeito contrário, porque, encolerizado ante a perseverança e unanimidade que demonstravam, ordenou que toda a legião fosse morta, o que foi efetivamente executado pelas outras tropas, que os despedaçaram com suas espadas, o 22 de setembro de 286.

Alban, de quem recebeu seu nome St. Alban's, em Henfordshire, foi o primeiro mártir britânico. Grã Bretanha tinha recebido o Evangelho de Cristo mediante Lúcio, o primeiro rei cristão, mas não sofreu a ira da perseguição até muitos anos depois. Alban era originalmente pagão, porém convertido por um clérigo cristão, chamado Anfíbalo, a quem deu hospitalidade a causa de sua religião. Os inimigos de Anfíbalo, sabendo do lugar onde estava escondido, chegaram à casa de Alban, o qual, a fim de facilitar sua fuga, apresentou-se como a pessoa a qual procuravam. Ao descobrir-se o engano, o governador ordenou que o açoitaram, e depois foi sentenciado a ser decapitado, o 22 de junho de 287.

Nos assegura o venerável Beda que, nesta ocasião, o carrasco se converteu subitamente ao cristianismo e pediu permissão para morrer por Alban, ou com ele. Obtendo sua segunda petição, foram ambos decapitados por um soldado, que assumiu voluntariamente o papel de carrasco. Isto aconteceu no 22 de junho de 287 em Verulam, agora St. Alban's, em Henfordshire, onde se levantou uma magnífica igreja em sua memória para o tempo de Constantino o Grande. O edifício, destruído nas guerras saxonas, foi reconstruído por Offa, rei de Mercia, e junto dele se levantou um mosteiro, sendo ainda visíveis algumas de suas ruínas; a igreja é um nobre edifício gótico.

Fé, uma mulher cristã da Aquitânia, França, foi assada sobre a grelha, e logo decapitada, em 287 d.C.

Quintino era um cristão natural de Roma, mas decidiu empreender a propagação do Evangelho nas Gálias, com um tal Luciano, e predicaram juntos em Amiens; depois disso, Luciano foi para Beaumaris, ode foi martirizado. Quintino permaneceu na Picardia, e mostrou grande zelo em seu ministério. Arrestado como cristão, foi estirado com polias até que se deslocaram seus membros; seu corpo foi desgarrado com chicotes de arames, e derramaram óleo e breu fervendo sobre sua carne nua; foram aplicadas tochas acesas a seus lados e axilas; depois de ter sido torturado deste modo, foi enviado de volta para a masmorra, onde morreu no 31 de outubro de 287 pelas atrocidades que tinham-lhe infligido. Seu corpo foi lançado ao Somme.

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