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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

DEMÔNIOS NA BÍBLIA




A Bíblia menciona algumas divindades estrangeiras transformadas em demônios para os hebreus, dentre os quais se destacam:
Abaddón: originariamente se tratava de um mensageiro de Deus, como ministro da vingança ou executor da ira divina, conhecido como Anjo Exterminador ou Destruidor [Êxodo 12:23], que muitos estudiosos identificam o Anjo do Senhor, ou mesmo, Teofania do próprio Deus. Ganha status de demônio no Novo Testamento como “pai da perdição” ou simplesmente “perdição”, também conhecido pelo nome grego Apollyon, isto é, “remoção completa” ou “desaparição”, conforme citado no Livro Apocalipse 9:11. Alguns especialistas identificam-no demônio [na qualidade de anjo decaído] desde a rebelião celestial, todavia, permitido por Javé para aqueles atos em Êxodo 12:23.
Adramelec e Amelec: divindades dual, dos Serfavaim [região da Assíria], citadas em II Reis 17:31, que estudiosos entendem como Adar e Ana, divindades nacionais históricas daquelas gentes [transferidas para Samaria pelos assírios], que os hebreus cultuaram inicialmente com o próprio Javé, embora sem unicidade de culto, conforme II Reis 17:41, sendo que os samaritanos continuaram posteriormente a reverencia-los, enquanto os judeus de pura origem transformaram-nos em demônios.  
Asera: deusa da Cananéia, citada em Êxodo 34:13, Juízes 3:7 e referencias, assimilada e cultuada pelos hebreus, na forma de um tronco sagrado em forma de coluna ou poste, tratando-se de uma deusa protetora dos bosques e tudo que neles há, em préstimos aos homens. É comumente confundida com a deusa fenícia Astarte e na bíblia é citada no plural [aseras].
Asima: conhecida biblicamente como a deusa Sima, dos arameus de Hamat, mencionada em II Reis 17:30, muitíssima conhecida pelas inscrições helênicas. Na literatura religiosa hebraica, Sima é posta pelos assírios como divindade [demônio protetor] local, inoperante, assim como Javé dos hebreus [II Reis 18:33-34]. Parece tratar-se de divindade protetora dos vales e caminhos de Hamat e Reob, locais citados em Números 13:21. 
Asmodeu: trata-se de AsmaDaeva, divindade citada no Avesta [livro sagrado dos persas], como executora do mal [necessário] dentro do principio do dualismo da doutrina de Zoroastro,  o bem e o mal. No apócrifo Tobias 3:8 e referências, Asmodeu transforma-se num espírito maligno, denominado destruidor [samad – hebraico].
Astaroth ou Astarte: deusa fenícia que representa a fecundidade da natureza; alguns estudiosos a associam como deusa da lua [Juízes 2:13], de grande popularidade entre os povos do médio oriente e os próprios hebreus. Salomão prestou-lhe honras [I Reis 11:5].
Azazel: citado no livro Levítico 16:8 como “a perdição”, tratando-se de divindade provavelmente da Caldéia, que os hebreus tomaram de empréstimo para torna-lo um demônio, na forma animal de um bode, tido na Bíblia como bode expiatório para os pecados do povo de Deus. O apócrifo Livro de Henoc menciona referida criatura como um dos anjos que se enamorou pelas mulheres da terra. É comumente confundido ou associado com Abaddón, alguns acreditando tratar-se de uma mesma entidade.
Baal: Senhor, principal deus fenício o naturista Melcart, foi absorvido pelos cananeus, como o trovejante Baal [I Reis 16:31], conforme mais conhecido biblicamente, e que se tornou representatividade do mal para os hebreus [II Reis 23:5]; no entanto, Javé toma características do próprio Baal, ao se fazer o tonante Sló do Sinai. Para os cartagineses que também o adotaram, era excelente deus.
Baalim: os baalins citados em Juízes 2:11, deuses menores do panteão fenício, muito próximo dos bíblicos elohim [Gênesis 1:1 e referencias], depois identificados como espíritos protetores, bastante populares e cultuados inclusive pelos hebreus [Juízes 2:12-13].
Baal-Meon: o terrível [aos hebreus] Beon, divindade protetora da Palestina, cujo nome era proibido de ser pronunciado pelo povo de Javé, e por isso mudados os nomes de locais a ele consagrados [Números 32:3 e 38]. Alguns entendem esta divindade adotada dos babilônios, provavelmente o deus Sucot-Benot, mudando-se o primeiro designativo Sucot [tendas] para Baal e que Benot transformou-se em Beon, o poderoso. 
Baalzebul [Baalzabud ou simplesmente Belzebu]: cultuado pelos filisteus [II Reis 1:2 e referências], e outros povos do médio oriente, foi transformado em príncipe dos demônios para os hebreus, e assim assimilado pelos cristãos [Mateus 10:25, Marcos 3:22 e Lucas 11:15-18 e 19]. Estudos recentes apontam referida divindade como de origem fenícia, muitos lhe dando significado de Senhor das Moscas, todavia tradução mais apropriada a Baal-zabud, seria Dádivas do Senhor, e que se valia daqueles insetos, como vetores de pestilências, para castigar inimigos.
Baltesassar: mais propriamente Beltesassar, trata-se de Balat-su-usur, [Deus Protetor da Vida], divindade acadiana citada em Daniel 1: 7, cujo nome foi dado ao próprio Daniel. Baltesassar é visto como o deus Bel, principal divindade babilônica, que Isaias 46:1 já coloca numa posição inferior a um deus, e nas condições de gênio ou agente do mal em Jeremias 50:2.
Belial: aquele que serve para nada, inútil e sem valor, tornou-se sinônimo de ser abjeto, como homens perversos, em Deuteronômio 13:14. I Samuel 10:27, onde se lê os perversos, algumas traduções como Almeida diz os filhos de Belial, já a tipificar o demônio que o cristianismo viria adotar como o Poderoso Demônio, ou o próprio Diabo [Satanás], vista em II Coríntios 6:15.  Alguns identificam Belial também nos livros Daniel e Apocalipse, como o Anticristo, a Besta, o Assolador ou o Dragão, quando não apenas um anjo do mal designado para a desordem mundial.
Besta: para muitos não se trata verdadeiramente de um demônio, apenas a identificação bíblica [Daniel e Apocalipse] profética do próprio Diabo ou Satanás, nos tempos do fim. Na primeira epístola universal de João, alguns estudiosos entendem a Besta como o Anti-Cristo [I João 2:18 e referencias].
Camos: principal divindade moabita [Números 21:29] de grande prestígio entre os hebreus, tanto que o próprio Salomão lhe edificou um altar [I Reis 11:7]. Esta deidade, como todas demais estrangeiras ao povo hebreu, quando se trata de cultos, sacrifícios ou adorações, recebem conotações de consumações aos demônios ou aos ídolos, indistintamente.
Leviatã: dragão ou animal mítico, descrito nos poemas de Ugar [em Ras Shamra ao norte da Fenícia] por volta do século XV a.C, às vezes para indicar algum cetáceo [Salmos 104:26], por outras refere-se a um crocodilo [Jó 40:25]. Em Jó 3:8 é a pré-figuração de poderoso demônio evocado pelos feiticeiros. 
Lilith: divindade notívaga babilônica, é demônio feminino bastante comum na cultura religiosa judaica e comumente citada pelos cristãos; embora não mencionada diretamente na Bíblia, alguns estudiosos, entretanto, demonstram-na figuradamente, como o espanto noturno, a seta que voa de dia, a peste que serpeia nas trevas e a morte que grassa à luz meridiana [Salmos 91:5-6], enquanto para outros, trata aquele Salmos e versículos citados, como linguagem figurada, onde o protegido de Deus não temerá assaltos abertos, tramas ocultas, doenças [pestilências da noite, tidas como doenças sexualmente transmissíveis] e mortes de encomenda. Isaias 34:14 traz essa denominação [no singular] com algumas traduções postas comocorujas, mais propriamente, criaturas noturnas, que os hebreus posteriormente deram significado de “diaba notívaga” [PIBR]. 
Lúcifer, o demônio que os cristãos mais temem, o maioral de todos eles, curiosamente, não está na Bíblia.  Alguns biblistas de plantão, no entanto, apontam em Isaias 14:12-14, partes d’uma canção hebraica contra o rei babilônico, como alusão a Lúcifer; trata-se na verdade de um comparativo das glórias do grande monarca babilônico, que chegou a reivindicar honras divinas, com o esplendor de uma fulgurante estrela [vista por muitos como a Estrela d’Alva ou planeta Vênus]. Referida canção remete-nos, por analogia, a Ezequiel 28, profecia contra Tiro, onde a ascendência régia é tida como querubim ungido no Éden, depois expulso face sua soberba e outros pecados, inclusive da pretensão de igualar-se ao Criador. Daí seria dizer que Satanás ou que seja Lúcifer, tenha sido um querubim ungido, de rara beleza, etc, ou que os de Tiro [pelo monarca], que são os fenícios [grego phoinos com tradução de vermelho ou homens vindos terra vermelha], tenham sido o Adão bíblico [Adam’is, is=homem, adam do barro vermelho] que Deus um dia colocara no Éden, etc. Já a tal Eva seria. . .
Mamon: mais propriamente Mamona, significa riqueza, que Mateus 6:24 [e referências] personifica como o demônio que põe a perder os filhos de Deus, pela materialidade e luxo que o mundo oferece.
Melkart: II Macabeus 4:18-20, trata-se do mitológico Hércules, muito mais na categoria de semi-deus que de demônio propriamente dito.
Moloc: deus amonita [Levíticos 18:21, 20:2-5, II Reis 23:10 e Ezequiel 20:31], também conhecido como Melcom [I Reis 11:57e 33, II Reis 23:13 e Jeremias 40:1], bastante apreciado pelos hebreus, e que recebeu distinções religiosas até do sábio rei Salomão [I Reis 11:7].
Nergal: deus assírio [II Reis 17:30], maioral do mundo subterrâneo que ganhou conotações cristãs com o Diabo e o Inferno, advindas das assimilações e crenças hebraicas.
Nicaz: divindade de Ava, uma das regiões conquistadas pelos assírios, cuja população foi instalada na ocupada Samaria, e esse deus assimilado pelos hebreus de Samaria. Não há referencias históricas sobre Ava, e, conseqüentemente, sobre seu deus, também conhecido como Nichas. Alguns estudiosos vêem aqueles como “árabes remotos”, enquanto outros acreditam ser os bíblicos heveus [Gênesis 10:15-17] mencionados ainda em Josué [11:3] e Juízes [3:3], mas a citação maior se vê no capítulo 34 de Gênesis, quando um heveu ultrajou a hebréia Diná, filha de Jacó. De qualquer forma, em Samaria, pelo menos, o deus Nichas foi cultuado pelos heveus [II Reis 17:31] e samaritanos, e assim proibido e posto sob a pecha de demônio.
Nesroc: citado em II Reis 19:37, divindade assíria, de significado desconhecido.
Sátiros: do hebraico “se’irim” [peludos como bodes] entendidos como encarnações de espíritos maléficos [Levíticos 17:7] ou gênios que habitavam desertos ou lugares ermos, às vezes em formas animalescas desconhecidas como os citados hirsutos [Isaias 13:21, 34:14 e Baruc 4:35] – animais desconhecidos, peludos, de aparências indefinidas, cultuados [II Crônicas 11:15] o que constituía impiedade [II Reis 23:8].
Sucot-Benot: deus babilônico [II Reis 17:30], também conhecido como Secote [Tendas – Josué 13:27] Beon [Senhor Protetor], assimilado pelos palestinos como Baal-Meon.
Tamuz: Ezequiel 8:14 traz citação desse deus dos babilônios que foi adotado pelos fenícios e também cultuado pelos hebreus, entre outros povos. A tradição mostra-nos Tamuz como um dos muitos Cristos vindo ao mundo para uma obra redentorista, com morte sacrificial. É um poderoso demônio no cristianismo popular.
Tartak: outro deus heveu, também citado em II Reis 17:31, cultuado pelos samaritanos e exacrado pelos hebreus de pura origem. Entendem-se vínculos de Tartak com Tártaro [II Pedro 2: 4], tratando-se portanto de um demônio chefe dos infernos, banido das hostes celestiais conforme aquela epístola, num inequívoco texto referente às citações de Gênesis 6:8.

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