ELIAS E ELISEU: UM MINISTÉRIO DE PODER PARA TODA A IGREJA
(LIÇÕES BÍBLICAS 1º TRIMESTRE/2013)
A Apostasia no Reino de Israel
TEXTO ÁUREO
"E sucedeu que (como se fora coisa leve
andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate), ainda tomou por mulher a
Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e se
encurvou diante dele"
(1 Rs 16.31).
VERDADE PRÁTICA
A apostasia na história do povo de Deus é um perigo real e não uma mera
abstração. Por isso, vigiemos.
HINOS SUGERIDOS 75, 212, 305
LEITURA DIÁRIA
|
|
Segunda - Hb 6.4,5,6
A apostasia
como um perigo real
|
S
|
Terça - 1 Tm 4.1
A apostasia
possui seus agentes
|
T
|
Quarta - 2 Ts 2.3,12
A apostasia
está sujeita ao juízo divino
|
Q
|
Quinta - Hb 3.12
A apostasia
afasta o homem de Deus
|
Q
|
Sexta - At 1.25
A apostasia
exemplificada
|
S
|
Sábado - Hb 6.11,12
A apostasia
pode ser evitada
|
S
|
1 Reis 16.29-34
INTERAÇÃO
Caro
professor, o pastor José Gonçalves - professor de Teologia, escritor e
vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB - é o comentarista das
Lições Bíblicas deste trimestre. O tema que será abordado é "Elias e
Eliseu: um ministério de poder para toda a Igreja". Estudaremos a vida
desses profetas e veremos que ela é um divisor de águas no ministério e na
historiografia judaica. Elias e Eliseu deixaram um legado de poder, ousadia,
santidade e abnegação à sua posteridade. A partir de seus ministérios,
podemos ver florescer Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e outros santos
homens que honraram o caminho daqueles autênticos profetas do Senhor.
|
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Identificar as causas e os agentes da apostasia em Israel.
Conscientizar-se sobre os perigos da apostasia.
Compreender quais foram as consequências da apostasia para Israel.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
para a primeira aula deste trimestre sugerimos que você reproduza o esquema
abaixo. Utilize-o para apresentar aos
alunos um panorama geral da vida de Elias e Eliseu. Inicie a aula traçando as
principais características desses profetas bíblicos. Diga à classe, que mesmo
diante de uma sociedade apóstata, Elias e Eliseu obedeceram ao Senhor. Eles
porfiaram por realizar a vontade de Deus contra quaisquer prejuízos.
|
Podemos afirmar, com segurança, que um dos períodos mais sombrios na
história do reino do Norte, também denominado "Israel", ocorreu
durante o reinado de Acabe, filho de Onri. Acabe governou entre os anos 874 e
853 a.C., e o seu reinado foi marcado pela tentativa de conciliar os elementos
do culto cananeu com a adoração israelita. Uma primeira leitura dos capítulos 16.29 - 22.40 do livro de 1 Reis, revela que
essa mistura foi desastrosa para o povo de Deus. Na prática, o culto ao Deus
verdadeiro foi substituído pela adoração ao deus falso Baal, trazendo como
consequência uma apostasia sem precedentes e pondo em risco até mesmo a
verdadeira adoração a Deus.
1. Casamento misto. O texto bíblico põe o
casamento misto de Acabe com Jezabel, filha de Etbaal rei dos sidônios, como
uma das causas da apostasia no reino do Norte. O relato bíblico destaca que
Acabe "tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e
foi e serviu a Baal, e o adorou" (1 Rs
16.31). Foi em decorrência desse casamento pagão que a idolatria
entrou com força em Israel. Embora se fale de um casamento político, as
consequências dele foram na verdade espirituais. A mistura sempre foi um perigo
constante na história do povo de Deus. Os crentes devem tomar todo o cuidado
para evitar as uniões mistas. A Escritura, tanto no Antigo como em o Novo
Testamento, condena esse tipo de união (Dt 7.3;
2 Co 6.14,15).
2. Institucionalização da idolatria. A união de Acabe com
Jezabel demonstrou logo ser desastrosa, pois através de sua influência, Acabe
"levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria"
(1 Rs 16.32). A institucionalização
da idolatria em Israel fica evidente quando o autor sagrado destaca que também
Acabe "fez um poste-ídolo, de maneira que cometeu mais abominações para
irritar ao Senhor, Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram
antes dele" (1 Rs 16.33). Não há
dúvida de que o culto a Baal estava suplantando o verdadeiro culto a Deus.
Havia uma idolatria financiada pelo Estado.Vez por outra temos visto Satanás
tentando se valer do poder estatal para financiar práticas que são contrárias
aos princípios cristãos. Por isso
devemos orar pela nação para que ela seja um canal de bênção e não de maldição.
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Tanto no Antigo como em o Novo Testamento as Escrituras condenam o
casamento misto.
1. A perda da identidade nacional e
espiritual. As palavras de Elias: "Até quando coxeareis entre dois
pensamentos?" (1 Rs 18.21),
revela a crise de identidade dos israelitas do reino do Norte. A adoração a
Baal havia sido fomentada com tanta força pela casa real que o povo estava
totalmente dividido em sua adoração. Quem deveria ser adorado, Baal ou o
Senhor? Sabemos pelo relato bíblico que
Deus havia preservado alguns verdadeiros adoradores, mas a grande massa estava
totalmente propensa à adoração falsa. A nação que sempre fora identificada pelo
nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade.
2. O julgamento divino. É nesse cenário que
aparece a figura do profeta Elias predizendo uma seca que duraria cerca de três
anos (1 Rs 17.1; 18.1). A fim de que a nação não viesse a
perder de vez a sua identidade espiritual e até mesmo deixar de ser vista como
povo de Deus, o Senhor enviou o seu mensageiro para trazer um tratamento de
choque à nação. Julgamento semelhante
ocorre durante o reino de Jeorão, filho de Josafá e genro de Acabe, que recebe
uma carta do profeta Elias. Nela é anunciado o juízo divino sobre a sua vida e
reinado (2 Cr 21.12-15). O Senhor
mostrou claramente que a causa do julgamento estava associada ao abandono da
verdadeira fé em Deus. Tempos depois o apóstolo dos gentios irá nos lembrar da
necessidade de nos corrigirmos diante do Senhor (1
Co 11.31,32).
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
As consequências da apostasia à nação de Israel foram duas: a perda da
identidade nacional (e espiritual) e o julgamento divino.
1. A perda da identidade nacional e
espiritual. As palavras de Elias: "Até quando coxeareis entre dois
pensamentos?" (1 Rs 18.21),
revela a crise de identidade dos israelitas do reino do Norte. A adoração a
Baal havia sido fomentada com tanta força pela casa real que o povo estava
totalmente dividido em sua adoração. Quem deveria ser adorado, Baal ou o
Senhor? Sabemos pelo relato bíblico que
Deus havia preservado alguns verdadeiros adoradores, mas a grande massa estava
totalmente propensa à adoração falsa. A nação que sempre fora identificada pelo
nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade.
2. O julgamento divino. É nesse cenário que
aparece a figura do profeta Elias predizendo uma seca que duraria cerca de três
anos (1 Rs 17.1; 18.1). A fim de que a nação não viesse a
perder de vez a sua identidade espiritual e até mesmo deixar de ser vista como
povo de Deus, o Senhor enviou o seu mensageiro para trazer um tratamento de
choque à nação. Julgamento semelhante
ocorre durante o reino de Jeorão, filho de Josafá e genro de Acabe, que recebe
uma carta do profeta Elias. Nela é anunciado o juízo divino sobre a sua vida e
reinado (2 Cr 21.12-15). O Senhor
mostrou claramente que a causa do julgamento estava associada ao abandono da
verdadeira fé em Deus. Tempos depois o apóstolo dos gentios irá nos lembrar da
necessidade de nos corrigirmos diante do Senhor (1
Co 11.31,32).
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
As consequências da apostasia à nação de
Israel foram duas: a perda da identidade nacional (e espiritual) e o julgamento
divino.
1. Um perigo real. A apostasia era algo bem
real no reino do Norte. Estava espalhada por toda parte. Na verdade a palavra
apostasia significa, segundo os léxicos, abandonar a fé ou mudar de religião.
Foi exatamente isso que os israelitas estavam fazendo, estavam abandonando a
adoração devida ao Deus verdadeiro para seguirem aos deuses cananeus.
Em o Novo Testamento observamos que os
cristãos são advertidos sobre o perigo da apostasia! Na Epístola aos Hebreus o
autor coloca a apostasia como um perigo real e não apenas como uma mera suposição
(Hb 6.1-6). Se o cristão não mantiver
a vigilância é possível sim que ele venha a naufragar na fé.
2. Um mal evitável. Já observamos que Acabe
foi um rei mau (1 Rs 16.30). Em vez
de seguir os bons exemplos, como os de Davi, esse monarca do reino do Norte
preferiu seguir os maus exemplos. O cronista destaca que "ninguém houve,
pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mal perante o Senhor,
porque Jezabel sua mulher, o instigava" (1
Rs 21.25). Ainda de acordo com esse mesmo capítulo, Acabe se
contristou quando foi repreendido pelo profeta, mas parece que foi um
arrependimento tardio (1 Rs 21.17-29).
Tivesse ele tomado essa atitude antes, o seu reinado
A apostasia é um perigo real, mas também é um
mal evitável através da vigilância do crente.
Ficou perceptível nessa lição que a apostasia no reino do Norte pôs em
perigo a existência do povo de Deus durante o reinado de Acabe. A sua união com
Jezabel demonstrou ser nociva não somente para Acabe, que teve o seu reino
destroçado, mas também para o povo de Deus, que por muitos anos ficou dividido
entre dois pensamentos em relação ao verdadeiro culto.
As lições deixadas são bastante claras para nós: não podemos fazer
aliança com o paganismo mesmo que isso traga algumas vantagens políticas ou
sociais; a verdadeira adoração a Deus deve prevalecer sobre toda e qualquer
oferta que nos seja feita. Mesmo que essas ofertas tragam grandes ganhos no
presente. Todavia nada significam quando mensuradas pela régua da
eternidade.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI
Subsídio Lexográfico
"Apostasia
[Do gr. apostásis, afastamento] Abandono
premeditado e consciente da fé cristã. No Antigo Testamento, não foram poucas
as apostasias cometidas por Israel. Só em Juízes, há sete desvios ou
abjuração da verdadeira fé em Deus. Para os profetas, a apostasia
constituí-se num adultério espiritual. Se a congregação hebreia era tida como
a esposa de Jeová, deveria guardar-lhe fielmente os preceitos, e jamais
curvar-se diante dos ídolos.
Jeremias e Ezequiel foram os profetas que mais
enfocaram a apostasia israelita sob o prisma das relações matrimoniais.
No Primitivo Cristianismo, as apostasias não eram
desconhecidas. Muitos crentes de origem israelita, por exemplo, sentindo-se
isolados da comunidade judaica, deixavam a fé cristã, e voltavam aos
rudimentos da Lei de Moisés e ao pomposo cerimonial levítico.
Há que se estabelecer, aqui, a diferença entre
apostasia e heresia. A primeira é o abandono premeditado e completo da fé; a
segunda, é a abjuração parcial dessa mesma fé" (ANDRADE, Claudionor
Corrêa. Dicionário Teológico. 13. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004,
pp.56,57).
|
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII
Subsídio Biográfico
"ELIAS
Elias foi chamado para servir como porta-voz de
Deus na ocasião em que o reino do norte havia alcançado sua mais forte
posição econômica e política desde a separação feita pelo governo Davídico em
Jerusalém. [...]
Sua primeira missão foi enfrentar o rei Acabe com o
aviso de uma seca iminente, lembrando que o Senhor Deus de Israel, a quem ele
havia ignorado, tinha o controle da chuva na terra onde viviam (Dt 11.10-12). Em seguida, Elias isolou-se e
caminhou em direção a leste do Rio Jordão. Nesse lugar, ele foi sustentado
pelas águas do ribeiro de Querite e pelo pão e carne milagrosamente
fornecidos pelos corvos. É possível que esse "ribeiro" (nahal)
seja o profundo vale do Rio Jarmuque, ao norte de Gileade. Quando o
suprimento de água terminou por causa da seca, Elias foi divinamente
instruído a ir até Sarepta, na Fenícia, onde seria sustentado por uma viúva
cuja reserva de farinha e óleo havia sido milagrosamente aumentada até que a
estação das chuvas fosse restaurada à terra. A identidade de Elias como profeta
ou homem de Deus foi confirmada pela divina manifestação quando o filho da
viúva foi restaurado à vida" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.628-29).
"ELISEU
[...] Seu ministério profético cobriu toda a última
metade do século IX a.C., atravessando os reinados de Jorão, Jeú, Jeoacaz, e
Joás, do reino do Norte. Sua influência estendia-se desde uma viúva
endividada (2 Rs 4.1) até um homem
rico e proeminente (4.8) e mesmo
até dentro do próprio palácio de Israel (5.8;
6.9; 12,
21, 22;
6.32-7.2; 8.4; 13.14-19).
Além disso, outros reis (Josafá de Judá, 2
Reis 3.11-19, Bem-Hadade da Síria,
8.7-9) e altos funcionários do exército sírio 5.1,9-19 procuravam sua ajuda.
Diferentemente de Elias que tinha uma tendência ao ascetismo, e a se afastar
dos olhos do público, Eliseu viveu próximo às pessoas que servia, e gostava
da vida social. Tinha uma casa em Samaria, a capital (2 Rs 6.32), mas viajava constantemente pelo
país, tal como Samuel havia feito antes dele. Frequentemente parava para
visitar seus amigos em Suném. Exatamente como Jesus fez, mais tarde, muitas
vezes com Maria e Marta. Eliseu chorou quando falou com Hazael, pois conhecia
muito bem o cruel sofrimento que este causaria a Israel (2 Rs 8.11,12).
[...] É evidente que muitos aspectos da pessoa e da obra de Eliseu são
capazes de reproduzir em muitos aspectos o caráter e o ministério de nosso
Senhor" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009,
p.633).
|
VOCABULÁRIO
Abjuração: Renúncia solene a fé; a
doutrina; a opinião.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Dicionário Bíblico
Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.HARRISON, R. K.
Tempos do Antigo
Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2010.MERRIL. Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O
reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2007.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador
Cristão CPAD
nº 53, p.36.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a
lição, quais foram as causas da apostasia?
R. O casamento misto e a institucionalização
da idolatria.
2. De que
forma Acabe e Jezabel se tornaram agentes da apostasia em Israel?
R. Promovendo
a adoração ao falso deus Baal e procurando suplantar o verdadeiro culto a
Deus.
3.A apostasia
trouxe como consequência a perda da identidade nacional e o julgamento
divino. De que forma Deus usou Elias para atuar nesse processo?
R. Deus usou o
profeta para predizer um período de grande fome e dessa forma fazer o povo
refletir sobre o seu pecado.
4. Sobre o rei Acabe, o que o cronista destaca?
R. Que
"ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mal
perante o Senhor, porque Jezabel sua mulher, o instigava" (1 Rs 21.25).
5. Faça um breve comentário sobre os perigos da
apostasia.
R. Resposta
pessoal.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário