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Se a existência de Israel atual é recente - a independência data de 1948 -, sua história é muito mais longa e se confunde com a do povo judeu e de seus antepassados, os hebreus, da Antiguidade. Pode-se aceitar que ela tenha começado com os patriarcas bíblicos, como Abraão, seu filho Isaac e seu neto Jacó, a quem, segundo o Gênesis (primeiro livro da Bíblia), Deus chamou de Israel.
Muro das Lamentações, Jerusalém. Este lugar é o que sobrou do segundo templo da história antiga judaica, destruído
em 70 d.C.
Em meados do século 19, a maior parte dos judeus se encontrava nos países da Europa oriental, como a Polônia, a Lituânia, a Hungria e a Rússia. Nessa época, a antiga Israel era uma província do Império turco, denominada Palestina. Ao mesmo tempo, uma onda de nacionalismo atingia a Europa com a unificação da Itália e da Alemanha.
Theodor Herzl
Com o fim da Primeira Guerra, o Império britânico, vitorioso, impôs seu poder em todo o Oriente Médio. Seu domínio foi marcado pelo desenvolvimento da economia e da infraestrutura da região (ferrovias, rodovias, sistemas de abastecimento de água etc.), atraindo novas levas de imigrantes judeus.
Membros do Haganah expulsando árabes palestinos de Haifa, abril 1948.
Tropas nazistas começam o embarque em comboios de judeus presos em diversos campos de concentração espalhados
pela Europa ocupada. O destino deles é o campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, onde três milhões de pessoas
morreriam até ao fim da Segunda Guerra Mundial.
Quando a ONU propusesse uma solução de consenso, a Inglaterra abriria mão de seu Mandato na Palestina. Em abril de 1947, um Comitê Especial das Nações Unidas propôs a partilha da Palestina em um Estado judeu (já com cerca de 650 mil habitantes) e um Estado árabe-palestino (com o dobro dessa população).
O nascimento de uma nação: palco improvisado, estrelas de Davi e a histórica declaração do patriarca David Ben-Gurion
Assim, em 08 de maio de 1948, menos de cinco meses após a votação da ONU, Gurion assumia como líder do mais novo país, com a aprovação da comunidade judaica. Mas não houve tempo para celebrações. Em menos de um dia da fundação, Israel foi invadido por cinco nações vizinhas árabes - Egito, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano-, além dos árabes palestinos, que não concordavam com a fundação do Estado judeu em uma região predominantemente árabe.
Assentamento israelense na faixa de Gaza, um dos
territórios ocupados por Israel
Assim, a planície costeira, a região da Galileia (norte) e todo o Negev ficaram sob soberania israelense, a Judeia e a Samaria (na margem ocidental) ficaram sob o domínio da Jordânia, a faixa de Gaza coube aos egípcios e a cidade de Jerusalém ficou dividida, cabendo à Jordânia o controle da parte oriental, inclusive a Cidade Velha, e a Israel, o setor ocidental da cidade. Com o fim da Guerra da Independência e o novo estabelecimento de fronteiras para o Estado, Israel concentrou seus esforços na construção de uma infra-estrutura capaz de governar o novo país. O primeiro Knesset (Parlamento) de 120 cadeiras entrou em funcionamento após as eleições nacionais ocorridas em 25 de janeiro de 1949 e com a participação de quase 85% dos eleitores.
Ex-premiê David Ben Gurion durante
viagem por bases militares de Israel
Em mais de 40 anos desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, houve diversos planos e negociações de paz no Oriente Médio.
Israelenses e palestinos realizaram diversas
tentativas de alcançar a paz
Camp David (EUA), 1978
O acordo mediado por Carter foi considerado
um dos mais bem-sucedidos
Acordo de Oslo, 1993
Israelenses e palestinos reconheceram-se
mutuamente em 1993
Camp David, 2000
Barak (esquerda) e Arafat não se entenderam em 2000
Annapolis (EUA), 2007
As negociações de 2007 foram interrompidas
após a ofensiva israelense em Gaza
Desafio para o Islã e para o Ocidente é conviver com diferenças
Dez charges colocaram o mundo em clima de alerta no ano de 2006. Publicadas num pequeno jornal da pacata Dinamarca no final do ano anterior, as ilustrações representavam a imagem do profeta Maomé - o que não é aceito pela religião islâmica. Seria um episódio breve não tivesse desencadeado uma histérica reação diplomática dos países muçulmanos, boicotes econômicos, multidões enfurecidas e ameaças de morte, que mostraram que o fosso de valores, idéias e hábitos entre o mundo islâmico e o Ocidente se aprofundou perigosamente. Desde a Guerra Fria, não se via com tanta clareza a existência de dois mundos crescentemente hostis e que, rapidamente, esquecem o muito que têm em comum exacerbando o pouco, mas fundamental, que os separa.
Palestinos queimam bandeira da Dinamarca em Jerusalém, em
protesto contra publicação de charges de Maomé por jornal
do país europeu, em 2006
Em meio à luta contra o terror detonada pelo 11 de Setembro, o então presidente americano George W. Bush referiu-se à empreitada da coalização ocidental no Oriente Médio e no Afeganistão como uma "cruzada". A declaração tingiu uma batalha legítima contra o radicalismo com cores de anti-islamismo, trazendo à tona lembranças dos mais duros embates entre cristãos e o Oriente Médio, entre Ocidente e o Islã: as Cruzadas da Idade Média. Há um sentido útil nisso, porém: recuar no tempo pode ajudar a compreender a luta por espaço e influência exacerbada a partir do século XI - há 1.000 anos, portanto - quando os primeiro católicos tentaram tomar Jerusalém dos muçulmanos.
Ilustração de batalha entre cristãos e muçulmanos da Primeira Cruzada
Entre bombas e declarações oficiais atravessadas, o Ocidente e os países de maioria islâmica têm ensaiado aproximações. As oportunidades parecem tanto mais promissoras quanto mais livres (ou menos fechadas) são as sociedades sob a lei de Alá. Líbano, Catar e até o Iraque, entre outras nações, foram atravessadas recentemente por sopros de modernidade que incluíram tentativas de democracia. A realidade, sem dúvida, está distante do desejado. Mas a abertura para o diálogo dentro dessas nações e delas com o mundo ainda é a grande esperança para a construção de uma ponte entre os dois mundos.
Papa Bento XVI pede conciliação aos islâmicos