INTRODUÇÃO
Desde
a antiguidade existem falsos mestres, ensinamentos, profetas e profecias, os
quais têm o propósito de confundir e destruir os incautos servos de Deus 2 Pe
2.1,2. Nesta lição aprenderemos a nos defender contra este mal que fora
profetizado pelos apóstolos e pelo próprio Senhor Jesus, portanto, devemos usar
as armaduras de Deus (Ef 6.11-18), para não sermos enganados por estes falsos
cristãos. “Porque eu sei isto, que, depois da minha partida, entrarão no meio
de vós lobos cruéis, que não perdoarão ao rebanho” At 20.29.
I.
CONCEITOS
- Profeta.
Significado
– Aquele que é chamado por Deus para entregar a mensagem divina ao povo, em
outras palavras “porta vozes de Deus” – Dt 18.18
Sua
responsabilidade – Ez 3.11; 33.6; (ler)
Sua
missão - Expor com unção os padrões da santidade divina para o povo;
O
que eles transmitem?
A
vontade e desígnios de Deus, alem de desvendar o futuro segundo a inspiração do
Espírito Santo.
Através
deles - os santos regozijam-se no Senhor; faz o ímpio estremecer reconhecer o
seu mau caminho At 24.24,50.
Qual
a orientação bíblica sobre eles?
Devemos
nos acautelar dos falsos profetas (Mt 7.15) e provar os espíritos se são ou não
de Deus
(1
Jo 4.1).
2.
Profecia
Profecia
– declaração da mente e do conselho de Deus.
Tipos
de profecia no Velho e no Novo Testamento:
Declarativa
e Preditiva
Preditiva
– Revela o plano divino em relação a Israel, a Igreja, aos gentios e a plena
chegada do Reino de Deus. É Escatológica (futuro), definida e inerrante, pois o
plano divino já está profeticamente definido – Ap 22.18.
Declarativa
– É constituída de exortação, admoestação, encorajamento, promessa,
advertência, Julgamento, consolo. (para edificação e aperfeiçoamento dos
santos) – 1 Co 14.3,4; Ef 4.12.
Objetivo
da profecia para os incrédulos – Provar a presença de Deus no meio do seu povo
– 1 Co 14.24,25.
a)
Aspectos da atividade profética.
Aspecto=>
aparência, modo como uma coisa se apresenta a nós.
A
Bíblia mostra a profecia basicamente em três aspectos:
1.
Ministério permanente recebido por Deus – (2 Rs 17.13; Jr 7.25; Lc 16.16; Hb
1.1);
2.
Um dom ministerial na igreja – (Ef 4.11-13; 3.5);
3.
Um dom espiritual na congregação – (At 2.17,18; 1 Co 12.10; 14. 1-4)
b)
A profecia como um dom ministerial em o Novo Testamento.
A
profecia como ministério profético não é uma pregação comum; é uma mensagem
vinda diretamente do Espírito Santo.
A
pregação habitual geralmente é produto do estudo da revelação existente, é
preparada entecipadamente.
Características
do ministério profético no Novo Testamento – (Ef 4.11-13):
a)
Proclamava e interpretava a Palavra de Deus, cheio do Espírito Santo por
chamada divina. Sua mensagem visava admoestar, exortar, animar, consolar e
edificar (At 2.14-36; 1 Co 14.3);
b)
Exerciam o dom de profecia (At 21.10-11);
c)
Era dever do profeta no NT desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir
do juízo vindouro, combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de
Deus. (Lc 1 14-17, At 13.10,11)
c)
O dom de profecia (1 Co 12.10; 14.3,31)
Dom
de Profecia – É uma capacidade sobrenatural do Espírito Santo concedida para
transmitir a mensagem divina.
É
o dom que edificar a Igreja (1 Co 14.4);
A
profecia é um sinal para igreja. – Reconhece que se trata de uma obra
sobrenatural do Espírito Santo e uma prova de que Deus está operando. (1 Co
14.22);
As
línguas são sinais para os infiéis. – Como sinal de julgamento, pois ao ouvirem
as línguas, logo chegam à conclusão que estão afastados de Deus, por isso não
compreendem. (1 co 14.21.22; Is 28.11,12), ainda pode ser um sinal para os
incrédulos no sentido de lhe chamar a atenção, como foi o caso do pentecostes
(At 2.6).
d)
A natureza da profecia.
DUAS NATUREZAS
|
|
Profecia da
Escritura
|
Profecia da Igreja
|
Inerrante – 2 Pe
1.20
|
Deve ser julgada –
1 Co 14.29
|
A
profecia e a Ordem no culto
-
Deve ter limites de profetas – dois ou três. 1 Co 14.29;
-
Deve ser um após o outro – 1 Co 14.31. Deus não é Deus de confusão.
A
maior parte do culto deve ser ocupada com a exposição da Palavra de Deus que é
soberana.
II.
A FALSA PROFECIA
A
busca por profecia e revelações, para as respostas dos problemas pessoais é uma
realidade em nossos dias, porem o propósito da profecia é exortar, consolar e
edificar – 1 Co 14.3. Logo, qualquer profecia que não se enquadre nesses três
propósitos não se cumprirá – Dt 18.22
1.
Julgando as profecias pela Palavra.
Necessita
ser julgada – 1 Co 14.29;
Por
quê?
Pode
ser:
Deus
– At 21.10,11
Do
Homem – Jr 23.16
Satanás
– At 13.6
Qual
o parâmetro para conhecê-la?
É
a Palavra de Deus, que nossa regra de Fé e Prática – “Toda a Escritura,
divinamente inspirada, é proveitosa para ensinar, para redargüir, para
corrigir, para instruir em justiça.” 2 Tm 3.16.
“Sabendo,
primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular
interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade
de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito
Santo.” 2 Pe 1.20,21
Mas....
O que fazer para não se deixar enganar?
Orar;
ler e meditar na Palavra de Deus;
Comparar
o que ouve com o que está escrito na Bíblia.
Mas
não podemos duvidar de todas as profecias –“Não extingais o Espírito; Não
desprezeis as profecias 1 Ts 5.19. 20.
2.
Julgando o falso profeta pelos frutos.
Que
frutos são esses?
Seu
caráter, seu estilo de vida, o teor da sua mensagem, suas amizades, o ele
defende, seus ensinamentos e etc..
Não
é fácil desconfiar de um “profeta” e ver que é um falso “profeta”
Jesus
falou...
Infiltram-se
em nosso meio – “... eles são o joio que deve ser separado do trigo no fim da
colheita...” Mt 13.30.
Tem
aparência de piedade (2 Tm 3.5), mas “São emissários de Satanás...” Jo 8.44.
Sua
missão:
Corromper
a fé dos salvos – Rm 16.17;
Destruir
a unidade da igreja – 2 Pe 2.1,2
Enganar
o povo de Deus sem “conhecimento” – Rm 16.18; Os 4.6.
Características
de um falso profeta:
Têm
aparência de piedade – 2 Tm 3.5
São
lobos vestidos de ovelhas – Mt 7.15
São
mestres e doutores (inteligentes, cultos, influentes) – 2 Pe 2.1
Por
baixo dessa bela aparência são:
“....
amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos,
desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto
natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para
com os bons,traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos
deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas
negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” 2 Tm 3.2-5.
Como
identificá-los? Como saber se estão em nosso meio?
R
– Conhecendo a Palavra de Deus, oração, discernimento Espiritual e por seus
frutos – Mt 7.20.
III.
ENSINO FALSO
Os
falsos mestres ensinam o que as pessoas querem ouvir (1 Rs 22.12-14).
O
verdadeiro mestre usado por Deus fala o que o povo precisa ouvir, se
preocupando com a vida espiritual das ovelhas e com a verdade bíblica (Hb
12.4-13).
“...Se
alguém vos anunciar outro evangelho, além do que já recebestes, seja anátema”.
Gl
1.9.
A
busca incessante pelas riquezas tem sido o alvo da maioria das pessoas em
nossos dias.
Fatores
que contribuem para essa busca:
-
Crise econômica mundial;
-
Anseio por manter-se a salvo da miséria;
-
O incentivo da mídia pelo consumismo;
-
Incertezas do amanhã;
-
Manter a aparência;
-
Sentimento de competitividade e etc.
Tais
fatores têm feito surgir falsas doutrinas e profecias, as quais são parecidas
com as verdadeiras – (Mt 7.15; 6.20, 25-33).
A
Bíblia adverte-nos:
-
Contra a busca desenfreada pelos bens materiais – 1 Tm 6. 6-11;
-
e contra os que ensinam tal Teologia – 1 Tm 6.17-19.
2.
O menosprezo da gloria de Cristo
Em
1 Jo 1-3 João refuta – contesta, combate a heresia gnóstica, uma forte heresia
da sua época.
Gnosticismo
– Afirmam que a matéria é má. (refutação Gn 1.31)
Sendo
a matéria má, Jesus não poderia ser verdadeiro homem e verdadeiro Deus,
afirmavam que Cristo apenas "parecia" homem, mas na verdade era um
fantasma ou um corpo ilusório, negava o seu sofrimento, o valor do seu
sacrifício para expiação dos pecados e na salvação dos pecadores. Refutação – 1
Pe 2.21-24; Rm 5.5-9; 2 Co 5.21
Sendo
assim, negavam a encarnação do Verbo de Deus – Jo 1.1; 1 Jo 4.3.
A
Palavra de Deus é verdade:
Os
dois elementos que provam a verdadeira humanidade de Jesus são o seu sofrimento
e sua morte.
A
ressurreição e glorificação de Cristo é ponto Máximo do cristianismo:
Sua
ressurreição justifica a afirmação de que Ele é de fato Senhor e Cristo
(Messias) – At 2.36;
Simboliza
a ressurreição e glorificação dos santos – 1 Co 15.20-28;
Sua
ressurreição é a certeza da ressurreição do que dormem nEle – 1 Co 15.20;
Sua
ressurreição aniquilou o poder da morte – 1 Co 15.55.
Argumentos
contra a ressurreição de Cristo:
Muitos
argumentos racionalistas surgiram no século XIX, tentando explicar a
ressurreição de Cristo, dizem que Cristo na verdade não chegara a morrer na
cruz, havendo recobrado os sentidos no sepulcro. Depois, conseguiu escapar dali
e reapareceu aos discípulos antes de morrer algum tempo depois.
Outros
repetiram a contra argumentação judaica de que os discípulos de Jesus haviam
roubado o seu corpo (Mt 28.13), ou talvez eles tinham ido ao sepulcro errado,
que, no caso, se encontrava vazio. Entre outras.
Cremos
em sua ressurreição corpórea, Paulo afirma “... se Cristo não ressuscitou é vã
a nossa fé” 1 Co 15.14.
A
Bíblia afirma que Jesus:
Foi
visto – Lc 24.39
Alimentou-se
– Jo 21.12,13;
Foi
tocado – Lc 24.39;
Mostrou
seu corpo cicatrizado – Jo 20.20;
Foi
assunto aos céus – Lc 24.51;
E
em breve voltará – At 1.10,11.
Enviou-nos
o outro Consolador – At 2.1-4.
Em
breve cantaremos o hino da vitória “... tragada foi a morte na vitoria”. 1 Co
15.54.
CONCLUSÃO
Deus
sempre advertiu os seus servos, com relação a falsificação dos profetas,
profecias e ensinos, que tentam ser parecidos com o verdadeiro. Entretanto
estamos de antemão avisados, basta estudarmos sua Palavra, pedir discernimento
Espiritual e analisar os profetas e profecias com a Palavra de Deus.
Não
esquecendo que os tais se apresentam como velhas, mestres, doutores e com
aparência de piedade.
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