Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm Veja - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/donsdoespiritosanto.htm TEXTO ÁUREO
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm Veja - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/donsdoespiritosanto.htm TEXTO ÁUREO
"Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação (I Co 14,26).
VERDADE PRATICA
Os dons de revelação divina são indispensáveis à igreja da atualidade, pois vivemos em um tempo marcado pelo engano.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Rs 4-29-31 Sabedoria concedida por DEUS
Terça - 2 Rs 6.8-12 DEUS revela o oculto
Quarta - 1 Co 12-8 Sabedoria e ciência
Quinta - Mt 2.12 Proteção por divina revelação
Sexta - Ef 1.17 ESPÍRITO de sabedoria e revelação
Sábado/ - Ap 1.1 A revelação de JESUS CRISTO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 12.8,10; Atos 6.8-10; Daniel 2.19-22
1 Coríntios 12 - 8 - Porque a um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; 10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
Atos 6 - 8 - E Estêvão, cheio de fé e de poder; fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9 - E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilicia e da Ásia, e disputavam com Estêvão. 10 - E não podiam resistir à sabedoria e ao ESPÍRITO com que falava.
Daniel 2 - 19 - Então foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel louvou o DEUS do céu. 20 - Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de DEUS para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força; 21 - ele muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos inteligentes. 22 - Ele revela o profundo e o escondido e conhece o que está em trevas; e com ele mora a luz.
INTERAÇÃO
Prezado professor; nesta lição estudaremos a respeito dos dons de revelação. Estes dons são concedidos à Igreja a fim de que ela seja edificada. Estamos vivendo “tempos trabalhosos", necessitamos da sabedoria que vem do alto, do poder de DEUS. Durante o preparo da lição, ore, peça que o Senhor conceda aos seus alunos os dons de revelação. Siga o exemplo de Paulo, pois sua oração em favor dos crentes de Éfeso era: “Para que o DEUS de nosso Senhor JESUS CRISTO, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação" (Ef 1.17). DEUS deseja nos outorgar os dons de revelação, a fim de que sejamos edificados e jamais venhamos a cair nas astutas ciladas do Maligno.
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar o dom da palavra da sabedoria.
Compreender o dom da palavra da ciência.
Saber a respeito do dom de discernimento dos espíritos.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza no quadro o esquema da página ao lado. Utilize-o para introduzir a lição, pois a partir desta lição estudaremos, detalhadamente os dons, então é importante que os alunos conheçam a classificação geral dos nove dons descritos no capitulo 1 2 de 1 Coríntios. Ao explicar o quadro, ressalte a semelhança que existe entre os respectivos dons. Conclua explicando que todos os dons, independentemente da sua classificação, são importantes e necessários para a edificação do Corpo de CRISTO.
PALAVRA-CHAVE
Revelação: Ato pelo qual DEUS revela aos homens os seus mistérios, sua vontade.
Resumo da Lição 3 - Dons de Revelação
I - PALAVRA DA SABEDORIA
1. Conceito.
2. A Bíblia e a palavra de sabedoria.
3. Uma liderança sábia.
II - PALAVRA DA CIÊNCIA
1- O que é?
2. Sua função.
3. Exemplos bíblicos da palavra da ciência.
III - DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS
1. O dom de discernir os espíritos.
2. As fontes das manifestações espirituais.
3. Discernindo as manifestações espirituais.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS DONS - 1 Co 12 | ||
DONS DE REVELAÇÃO | DONS DE PODER | DONS DE ELOCUÇÃO |
Palavra da sabedoria | Fé | Profecia |
Palavra do conhecimento | Curar | Variedade de línguas |
Discernimento de espíritos | Operação de milagres | Interpretação de línguas |
Extraído de Nos Domínios do ESPÍRITO, CPAD p. 131. |
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOUZA, Estevam Ângelo de. Nos Domínios do ESPÍRITO. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
HORTON, Stanley M. A Doutrina do ESPÍRITO SANTO no Antigo e Novo Testamento. 12. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
SAIBA MAIS pela Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.37.
Meus comentários - Ev. Henrique Atos 16.16-24 16 - E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. 17 - Esta, seguindo a Paulo e a nós, c/amava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do DEUS Altíssimo. 18 - E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de JESUS CRISTO, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu. Fruto do ESPÍRITO X Batismo No ESPÍRITO X Línguas faladas no batismo X Dons do ESPÍRITO Fruto do ESPÍRITO - O fruto é implantado no crente no momento de sua conversão e o recebemos pela graça de DEUS e sem merecimento - Pegue uma laranja com nove gomos como exemplo - No momento da conversão se recebe a laranja para que bebamos dos nove gomos em nossa caminhada cristão. Podemos beber muito de um gomo e de outro não, mas seguramente beberemos de todos, pelo menos um pouco de cada. Se bebermos muito do primeiro que é o amor, seguramente beberemos muito de todos os outros.
Batismo No ESPÍRITO - Quanto ao batismo recebemos pela graça de DEUS e sem merecimento. JESUS quer batizar-nos desde o momento de nossa conversão, assim como o fruto nos foi implantado desde esse momento. O ESPÍRITO SANTO já estará habitando em nós a partir daí - O problema é deixarmos que o ESPÍRITO SANTO fale através de nossa língua (membro difícil de ser domado) - Devemos permitir que o ESPÍRITO SANTO controle nosso ser, nosso eu, que ELE nos use para ganharmos almas; só assim poderemos ser revestidos de poder para sermos testemunhas de CRISTO. Só podemos confirmar se alguém recebe o Batismo o ESPÍRITO SANTO quando este fala em línguas espirituais (At 2.4-8; 10.45; At 19.6; 1 Co 14.18, etc...)
Línguas faladas no batismo - Quanto às línguas faladas no batismo são para o crente orar em línguas durante toda sua vida. Essa linguagem é para se falar diretamente com DEUS (1 Co 14.2), é para edificação do crente (1 Co 14.4; Jd 1.20), é para orar com perfeição (Rm 8.26). Atenção - Não é dom do ESPÍRITO SANTO arrolado em 1 Coríntios 12.8-10 o falar em línguas diariamente na língua em que se foi batizado. No dom do ESPÍRITO SANTO chamado "Dom de Línguas" ou Variedade de Línguas, o crente fala diversas línguas e não somente a linguagem do batismo (4 tipos de línguas). Dons do ESPÍRITO - Quanto aos dons, recebemos pela graça de DEUS e sem merecimento, à medida que acreditamos na ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO e nos dispomos a ser Seu canal de poder para operação de seus dons. Temos que desejar os dons, ter fé que são para nós e abundar neles (1 Co 14.12). Temos que dar a vida pelos outros. Ser usado em dons significa ser criticado, odiado, perseguido e tudo isso por causa dos outros. Para que possamos ser usados nos dons temos que amar aos outros como a nós mesmos e sacrificarmos nossa vida por eles. Jejuar, orar e estudar muito. INTRODUÇÃO "Porque os dons e a vocação de DEUS são sem arrependimento" (Rm 11.29). Estamos em plena crise de dons na igreja - enquanto uns pouquíssimos são usados em vários dons, a grande maioria da igreja nem mesmo sabe diferenciar entre um dom e outro. A bíblia afirma: "Todos podeis profetizar...", mas a realidade é que quase nenhum profetiza. "Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados." - Paulo, (I Coríntios, 14:31) Os dons são concedidos pelo nosso desejo em dar espaço ao ESPÍRITO SANTO de agir em nossa vida e trabalho na obra de DEUS. A vontade de DEUS não exclui de modo algum o desejar por parte do crente estes dons, de fato Paulo diz várias vezes para ambicionar os dons espirituais: "Desejai ardentemente os maiores dons" (1 Cor. 12:31), "procurai abundar neles, para edificação da igreja" (1 Cor. 14:12), diz Paulo. Estes dons devem ser objeto de busca por parte de todos nós, ninguém está excluído. Não há uma categoria de crentes que está excluída desta busca. Todos devem estar envolvidos nela. Quem não os deseja na realidade não quer que a Igreja seja edificada pela manifestação do ESPÍRITO. Ele não quer que a Igreja de hoje seja edificada por meio dos dons, como o era a igreja antiga. Para estudarmos os dons os dividimos em 3 grupos: DONS DE REVELAÇÃO DONS DE PODER DONS DE INSPIRAÇÃO OU DA FALA Hoje vamos estudar sobre dons de revelação: DONS DE REVELAÇÃO (REVELAM ALGO OCULTO OU DESCONHECIDO SOBRENATURALMENTE). São três - Palavra de sabedoria, Palavra de conhecimento ou da ciência e Discernimento de espíritos. Essas manifestações do ESPÍRITO SANTO são sobrenaturais, não devemos confundir os dons com sabedoria adquirida com estudo de livros, revistas, pesquisas na internet ou cursos de homilética, hermenêutica, lingüística ou qualquer outra disciplina. 1- Palavra de sabedoria: Palavra= pequena parte da sabedoria de DEUS; acontecimento futuro, só DEUS sabe; tem a ver com a onisciência de DEUS. JESUS sabia todas as cosias que estavam por vir. O profeta Ágabo (novo testamento tem profeta) revelava uma seca na Judéia que aconteceu realmente pouco tempo depois e a prisão de Paulo, tudo no futuro. Aqui, estamos estudando sobre revelações futurísticas que são dadas pelo ESPÍRITO SANTO, de repente, sem um prévio aviso ou estudo. Esta revelação pode ser dada por meio de uma visão, de um sonho, ou por meio de uma voz escutada também. Exemplos: JESUS: "Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai. Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois homens no campo, será levado um e deixado outro; estando duas mulheres a trabalhar no moinho, será levada uma e deixada a outra. Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem." (Mt 24: 36-44) Exemplo em Atos dos apóstolos: Profeta Ágabo a respeito de uma grande fome Atos 11:28 e levantando-se um deles, de nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que haveria uma grande fome por todo o mundo, a qual ocorreu no tempo de Cláudio. Profeta Ágabo a respeito de Paulo Atos 21:11 e, vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele os próprios pés e mãos, declarou: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim os judeus, em Jerusalém, farão ao dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios. Paulo em viagem para Roma "Atos 27.34 Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.". Paulo sobre arrebatamento: I Co 15:51 "Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados". 1 Rs 3.16-28 Não foi revelado por uma manifestação sobrenatural quem era a mãe da criança, mas com a sabedoria concedida por DEUS a Salomão ele pode armar uma estratégia para descobrir quem era a mãe verdadeira, portanto não é uma manifestação de um dom do ESPÍRITO SANTO, mas uma sabedoria humana aumentada por DEUS. Um exemplo aqui de Palavra de Sabedoria no AT poderia ser II Reis 3.16, 20: Eliseu, solicitou a presença de um músico. Queria enlevar o espírito. Sentir-se inspirado: "E sucedeu que, tocando o músico, veio sobre ele a mão do Senhor. E disse: "Assim diz O Senhor, fazei neste vale, muitas covas". "E sucedeu que, pela manhã, oferecendo-se a oferta de alimentos, eis que vinham as águas pelo caminho de Edom; e a terra se encheu de água". Quando a revelação vem em sonhos futurísticos é palavra de Sabedoria, mas quando o sonho vem com revelação atual é palavra de Conhecimento. 2- Palavra de conhecimento ou da ciência: Palavra = pequena parte do conhecimento de DEUS, revelação de coisa conhecida; tem a ver com onipresença de DEUS. (pode ser coisa conhecida por pessoas em outra parte ou localidade, que é revelada aqui onde estamos). JESUS via Natanael debaixo de uma figueira sem nem mesmo estar na mesma cidade. Eliseu sabia todas as estratégias de guerra do inimigo sem nem mesmo estar perto de seu acampamento. Quando a revelação vem em sonhos futurísticos é palavra de Sabedoria, mas quando o sonho vem com revelação atual é palavra de Conhecimento. Exemplos: JESUS: Jo 1.48 Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe JESUS: Antes que Felipe te chamasse, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira. João 4:16-19 JESUS disse à mulher samaritana: "Vai, chama o teu marido e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe JESUS: Disseste bem: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta" Eliseu sobre conversas escondidas: 2 Rs 6.12 E disse um dos servos: Não, ó rei meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas no teu quarto de dormir. Exemplo em Atos dos apóstolos: Pedro, Ananias e Safira Atos 5.4 “Enquanto o possuías, não era teu? E vendido, não estava o preço em teu poder? Como, pois, formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS”. 3- Discernimento de espíritos: Saber de onde vem e o que está operando numa pessoa. JESUS enxergava a fé dentro das pessoas. Tem a ver com a onipotência de DEUS (Aqui se expulsa demônios e se vence forças e idéias malignas). Paulo enxergou um demônio falando a verdade a seu respeito, mas com o intuito de ganhar crédito para suas adivinhações. Exemplo: JESUS: "E JESUS, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados são os teus pecados."(Mc 2:5). Exemplo em Atos dos apóstolos: Paulo e a pitonisa: " E fazia isto por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Eu te ordeno em nome de JESUS CRISTO que saias dela. E na mesma hora saiu."(At 16:18). Para julgar profecias esse dom é imprescindível. 1Co 14.26 - "E falem dois ou três profetas, e os outros julguem".
O julgamento de manifestações espirituais é uma ordenança bíblica. O apóstolo João escreveu: "Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo"(1Jo 4.1). O discernimento é uma necessidade para a igreja dos dias atuais, pois há um verdadeiro bombardeio de modismos doutrinários, heresias e misticismos antibíblicos. Em meio a essa confusão da espiritualidade pós-moderna, a "profecia", ou melhor, a profetada é um dos meios em que muitas heresias têm sido geradas. Como saber se determinada manifestação espiritual vem do ESPÍRITO de DEUS, do espírito humano ou de Satanás? Somente com o discernimento dado pelo ESPÍRITO SANTO. Esse dom também tem a ver com o discernimento para se distinguir a fonte do falar em línguas espirituais (ou estranhas). - se aquele que fala em línguas está falando na carne (fingindo ser batizado, ou aquele que aprendeu a repetir palavras como se fossem em línguas espirituais), - se aquele que fala em línguas está falando de DEUS (foi realmente batizado) - ou se fala imitações de Satanás, através de demônios que imitam o falar em línguas verdadeiro. A própria pregação e/ou ensino deve ser ouvida e julgada para se discernir entre a pregação/ensino que vem de DEUS ou a que vem do homem ou a que vem do Diabo.
Mediante este dom o ESPÍRITO SANTO capacita o crente de discernir a presença de espíritos malignos em pessoas ou próximo de pessoas ou ver os espíritos enquanto operam malvadamente. Existem espíritos de vários generos, isto é, ocupados a fazer várias formas de mal. Existem espíritos que provocam mudez e surdez como aquele expulso por JESUS, daquele menino epiléptico. De fato JESUS lhe disse: "ESPÍRITO mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele" (Mar. 9:25). De modo que nestes casos para que a cura se faça é necessário discernir o espírito ou os espíritos que provocam as doenças para depois expulsá-lo(s) em nome de JESUS CRISTO. Existem espíritos enganadores que estão ocupados a enganar; Paulo diz de fato que em dias vindouros "alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores…." (1 Tim. 4:1). Destes espíritos existem já muitos no seio do povo de DEUS; mediante eles toda a sorte de falsa doutrina é ensinada a certos crentes. Existem espíritos que fazem sinais e prodígios; João viu alguns deles em visão: "E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do DEUS Todo-Poderoso" (Ap. 16:13-14).
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Os dons de revelação constituem parte da revelação de DEUS, concedida ao homem salvo, para que, por eles, a “multiforme sabedoria” divina seja manifestada no meio da Igreja, e os crentes em JESUS sejam protegidos das sutilezas do Adversário e das maquinações humanas contra a fé cristã.
Sem a presença física de CRISTO, após sua Ascensão aos céus, os salvos, reunidos em igrejas locais, precisam, de maneira indispensável, dos dons espirituais, tanto para cumprirem a Missão confiada por CRISTO, quanto para lutar e vencer “as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais” (Ef 6.12). Sem eles, a igreja local não passa de uma comunidade humana, uma associação religiosa, como um “vale de ossos”, transformados em corpos com tecidos humanos, mas sem vida. Tem estruturas humanas, ministeriais, denominacionais, intelectuais, políticas e administrativas, mas não tem o poder de DEUS em sua vida institucional. Os dons espirituais propiciam a provisão divina para a igreja cumprir a sua missão, concedida por CRISTO, de proclamar o evangelho por todo o mundo e a toda a criatura.
Dentre esses, os chamados “dons de revelação” aparecem como categoria de grande valor e necessidade, no meio das igrejas locais. No tempo de Paulo, havia confusões, mistificações doutrinárias, ensinos heréticos e tantos outros tipos de informações, que chegavam aos ouvidos dos crentes, que muitos se desviaram, iludidos pelos “ventos de doutrina” (Ef 4.14). O gnosticismo ameaçava a integridade da fé cristã. Os judaizantes queriam impor seus ensinos legalistas e ultrapassados. A igreja precisava de recursos espirituais sobrenaturais para não ser esmagada pelas heresias, muitas delas travestidas de verdades absolutas. Só a revelação de DEUS, manifestada de forma incisiva, poderia evitar a derrocada do cristianismo.
E, nos dias presentes, será que não há necessidade da revelação especial de DEUS, através de sua palavra e de dons ou carismas que façam a diferença, para que os cristãos saibam discernir o “joio do trigo”? Certamente hoje, mais do que nunca, a igreja de JESUS, em toda a parte, necessita desses recursos. Os dons de revelação podem identificar a origem, os meios e os propósitos de muitas falsas doutrinas que surgem a cada dia, no meio evangélico. Pela revelação sobrenatural, pode-se desmascarar os falsos pastores, os “obreiros fraudulentos”, “de torpe ganância”.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 31-32.
OS DONS ATUAM ATRAVÉS DOS MEMBROS DA IGREJA DE CRISTO
Quanto à natureza dos dons espirituais, há três posicionamentos teológicos:
1. Os dons espirituais são capacidades meramente naturais.
Ou seja: são inerentes ao ser humano como a poesia, a música ou a eloquência. Ora, se não passam de dotes naturais, como podem eles ser tidos na conta de espirituais? Não há aí uma contradição? Não está uma possibilidade a anular a outra?
2. Os dons espirituais são básica e essencialmente sobrenaturais.
Neste caso, atuam independentemente da anuência e da vontade humana, não passando nosso corpo de um mero recipiente para a atuação dos dons. A Bíblia, porém, afirma estar o espírito do profeta submisso ao profeta (1 Co 14.32).
3. Os dons atuam através dos membros da Igreja de CRISTO, quando estes colocam suas mentes, corações e vontade, amorosa e voluntariamente, a serviço de DEUS. Esta é a forma como a Bíblia revela a natureza dos dons espirituais.
A atuação destes, embora sobrenaturais, não anula de forma alguma a personalidade humana. Pelo contrário: usa-a de tal forma, a fim de que a sublimidade divina tenha em tudo a preeminência.
Observemos, outrossim, que, de acordo com o padrão de Atos dos Apóstolos e das experiências pentecostais subsequentes, os dons espirituais ou nos são entregues quando recebemos o batismo no ESPÍRITO SANTO ou posteriormente a este; não antecedem nem são conferidos independentemente do batismo no ESPÍRITO SANTO.
Claudionor Corrêa de Andrade. Fundamentos Bíblicos De Um Autêntico Avivamento. Editora CPAD. pag. 109-110.
I - PALAVRA DA SABEDORIA
1. Conceito.
Lembrando que o dom é uma manifestação sobrenatural sem aviso para acontecer, sem premeditação, sem haver ai alguma coisa da sabedoria do homem, pois é futuro - coisa que ainda não aconteceu.
A palavra da sabedoria. O ensino, a busca da orientação divina, o conselho e a luta com as necessidades práticas do governo e administração da igreja devem ser buscados, mas isso não é dom de Palavra de Sabedoria. Todos podemos e devemos pedir sabedoria a DEUS (Tg 1.5) e ELE conceder, mas isso não é dom de Palavra de Sabedoria.
Salomão não foi usado em Dom Palavra de Sabedoria, embora tenha recebido sabedoria de DEUS para governar. Se Salomão fosse usado pelo dom Palavra de Sabedoria não teria feito nenhum teste com as mulheres, mas dito imediatamente quem era a mãe verdadeira assim que colocou os olhos nelas.
A revelação dada a Daniel acerca dos impérios mundiais demonstra quão grande é a sabedoria de DEUS, como recurso divino para ocasiões especiais, em que de nada adianta a sabedoria humana, ou os conhecimentos adquiridos pela experiência de quem quer que seja. Quis DEUS utilizar-se de um rei estrangeiro ao seu povo para revelar segredos sobre acontecimentos que teriam lugar na História, na ocasião, e para o futuro. A visão de Nabucodonosor é uma referência para a Escatologia, com base nas interpretações dadas pelo Altíssimo a Daniel, seu servo, que estava vivendo naquele País, com uma missão do mais alto significado.
Mas Daniel, que estava no reino, em posição de destaque, pediu ao mensageiro do rei que desse um tempo para que buscassem a interpretação. Seu pedido foi atendido, e, contando o grave problema a seus três companheiros, foram orar ao DEUS dos céus. Diz a Bíblia: “Então, Daniel foi para a sua casa e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, e pediu que orassem a DEUS, “para que pedissem misericórdia ao DEUS dos céus sobre este segredo, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem com o resto dos sábios da Babilônia. Então, foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel louvou o DEUS do céu” (Dn 2.17-19). De maneira didática, com precisão histórica, Daniel interpretou o sonho, mostrando ao rei o desenrolar dos acontecimentos de sua época e de eventos futuros. Foi o conhecimento de DEUS e não humano, lógico ou natural.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 37-38.
2. A Bíblia e a palavra de sabedoria.
No Antigo Testamento, temos alguns exemplos marcantes dessa revelação da sabedoria de DEUS.
José, na prisão, interpretou sonhos de servos de Faraó, os quais se cumpriram plenamente. Chamado ao palácio real, diante de todos os sábios, adivinhos e conselheiros do rei, interpretou os sonhos proféticos que DEUS concedera ao monarca egípcio. Se não fosse a sabedoria do ESPÍRITO de DEUS, jamais o jovem hebreu teria tamanha capacidade para interpretar os misteriosos sonhos das vacas gordas e das vacas magras, e foi elevado à posição de Governador do Egito (cf. Gn 41.14-41).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 34-35.
Observação minha - Um exemplo clássico desse dom é quando um pregador, por exemplo, chama alguém à frente da igreja e lhe diz que ela está para viajar, mas que não deve ir, pois o ônibus ou carro em que viajaria no dia seguinte irá sofrer um acidente e ela morrerá se estiver neste veículo.
A pessoa então desiste da viagem e fica sabendo no outro dia que realmente o veículo em que iria viajar sofreu um acidente.
Eis ai um exemplo bem atual do Dom da Palavra de Sabedoria, bem atual.
II - PALAVRA DA CIÊNCIA
1- O que é?
É manifestação da ciência ou do conhecimento de DEUS, concedido ao homem salvo. Pode ser dado por sonho, por visão, por revelação especial, por voz de DEUS na mente, operando na esfera humana, no seio da igreja; sendo um conhecimento sobrenatural propiciado por DEUS. Paulo fala de “todos os mistérios e toda a ciência” (1 Co 13.2), que só têm valor se for sob a graça do amor de DEUS. Através desse dom, o crente penetra nas profundezas do conhecimento de DEUS (cf. Ef 1.17-19).
“Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que DEUS preparou para os que o amam. Mas DEUS no-las revelou pelo seu ESPÍRITO; porque o ESPÍRITO penetra todas as coisas, ainda as profundezas de DEUS” (1 Co 2.9).
A Palavra de DEUS mostra exemplos desse dom. Quando JESUS pregava para a mulher samaritana, soube detalhes da vida dela, que o conhecimento humano não teria condições de alcançar naquela circunstância de um encontro inesperado. Ele disse à mulher que chamasse seu marido. A mulher respondeu que não tinha marido e JESUS lhe disse que ela tivera “cinco maridos” e aquele com quem vivia não era seu marido. A mulher ficou admirada, e disse: “Senhor, vejo que és profeta” (Jo 4.16-19). A palavra da ciência não é adivinhação nem expressão de tentativa de erro e acerto. E dada pelo ESPÍRITO SANTO.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 36-37.
Observação minha - Um exemplo clássico desse dom é quando um pregador, por exemplo, chama alguém à frente da igreja e lhe diz que ela está, por exemplo, com câncer e que lhe foi dada uma comunicação de morte muito em breve.
O pregador não é da cidade, não conhece a pessoa com câncer. Não sabia de nada disso, mas DEUS lhe revelou isso na hora da pregação.
Esse é um exemplo bem simples e muito ocorre. DEUS não apenas revela, mas resolve o problema curando essa pessoa.
Eis ai um exemplo bem atual do Dom da Palavra de Conhecimento ou da ciência, bem atual.
Este dom tem sido definido como sendo a revelação sobrenatural dalgum fato que existe na mente de DEUS, mas que o homem, devido às suas naturais limitações, não pode conhecer, a não ser que o ESPÍRITO SANTO lhe revele. Exemplos da manifestação deste dom são encontrados no ministério de Samuel: 1 Sm 9.15,20; 10.22; Eliseu: 2 Rs 5.20,26; 6.8; Aias: 1 Rs 14.6; JESUS: Jo 1.48; 4.18; Lc 19.5; Mt 16.23; Pedro: At 5.3,4, e Paulo: At 27.23-25.
Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.
2. Sua função.
Esse dom revela coisas que não são percebidas pela visão natural (ver 1 Sm 16.7; Jo 2.24,25). Na vida prática da igreja, algumas experiências demonstram que o dom da palavra da ciência pode ser dado nos tempos presentes. Num Círculo de Oração, em Natal-RN, as irmãs estavam tranquilas, orando e louvando a DEUS, numa congregação, anos atrás. Apresentou-se um homem, muito bem vestido, de paletó de tecido fino, sapato lustroso, gravata e Bíblia debaixo do braço. Ao ser interpelado, para ser apresentado, disse que era um servo de DEUS, que estava de passagem por ali, e que viera visitar o trabalho. Acrescentou que era “filho do Ministro da Educação, Sr. Jarbas Passarinho”. A apresentação do “ilustre” visitante foi feita, e as irmãs de imediato quiseram ouvir uma palavra por ele.
Uma humilde serva de DEUS, num lampejo divino, disse à dirigente: “Não dê oportunidade a ele. E um mentiroso, falso e procurado pela polícia...!”. Foi um mal-estar, pois a dirigente já ia anunciar a oportunidade ao visitante. Mas, diante da advertência, não o fez. Foi criticada por um santo irmão, que achou uma falta de respeito a um “servo de DEUS”, “filho de uma autoridade pública”. Esse também convidou o visitante para ir à sua casa, num gesto de desagravo e de hospitalidade. No caminho, dizia ao visitante: “Essas irmãs não têm sabedoria”. E pediu desculpas pelo constrangimento. Recebeu-o em casa, apresentou à família, e ofereceu dormida ao desconhecido.
Pela madrugada, alguém bateu à porta. O anfitrião foi abrir, e deparou-se com policiais federais, apontando metralhadoras para sua casa, e dizendo que ele estava preso, pois dera acolhida a um criminoso, estelionatário, que vinha sendo rastreado em sua viagem. Quem revelaria tal coisa a uma simples serva de DEUS? Sem dúvida, foi a operação do dom da ciência, num momento crucial. Este exemplo é prova de que DEUS não muda. Agiu nos tempos antigos. E age em todos os tempos.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 38-39.
Palavra do conhecimento
De acordo com o registro bíblico, quando este dom era exercido, o extraordinário acontecia, como mostram os exemplos que se seguem:
- O rei de Israel foi avisado do perigo de destruição por parte do rei da Síria: 2 Rs 6.9-12.
- Elias recebeu novo alento em meio à perseguição: 1 Rs 19.14-18.
- A hipocrisia de Geazi foi manifesta: 2 Rs 5.20-
- A samaritana foi convencida da necessidade dum Salvador: Jo 4.18,19,29.
- Saul foi achado no meio da bagagem: 1 Sm 10.22.
- A necessidade de Saulo foi revelada a Ananias: At 9.11.
- Foi desmascarada a hipocrisia de Ananias e Safira: At 5.3.
Este dom pode manifestar-se por diferentes meios, seja através da pregação no púlpito, da profecia, do aconselhamento aos necessitados e aos que buscam orientação divina, ou mesmo através de sonhos.
Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.
3. Exemplos bíblicos da palavra da ciência.
O profeta Eliseu sabia os planos de guerra do rei da Síria, mesmo à distância. Quando o rei pensava em atacar o exército de Israel de surpresa, em determinado lugar o profeta de DEUS alertava ao rei de Israel dos planos do inimigo, por diversas vezes. O rei sírio ficou intrigado e desconfiou de que haveria um traidor no meio de suas tropas. Mas um dos servos do rei o fez saber o mistério: “E disse um dos seus servos: Não, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de dormir” (2 Rs 6.8-12).
Era um conhecimento muito mais aperfeiçoado do que todos os atuais sistemas de informação, com uso de tecnologia de ponta, usados no mundo atual. Eliseu não tinha informantes, nem sonhava com equipamentos de comunicação ou de satélites. Era a mensagem divina, diretamente do ESPÍRITO SANTO ao seu coração. Quando o profeta Samuel disse a Saul que as jumentas do pai já haviam sido encontradas, foi pela ciência ou conhecimento de DEUS (1 Sm 9.15-20).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 37-38.
1. Antecedentes (5.1-16)
Existem pessoas orgulhosas, de posses, que gostam de impressionar a igreja com métodos falsos. Ananias e Safira pertenciam a esta categoria. Eles tinham bons nomes. Ananias, o equivalente do Novo Testamento ao Hananias do Antigo Testamento, significa “aquele a quem Jeová foi gracioso”. Mas Ananias não era muito gracioso para DEUS. Ele guardou para si parte do que fingiu estar dando à igreja. Safira significa “bonita”. Mas ao invés de ser uma pedra de “safira” brilhante, como sugere o seu nome, ela representa a falta de sinceridade, que é muito feia. Barnabé tinha recebido um elogio especial pela sua generosidade para com a igreja. Ele vendera um terreno na ilha de Chipre e colocara todo o dinheiro aos pés dos apóstolos (4.36-37). Evidentemente, Ananias e Safira estavam ansiosos por receber um reconhecimento similar. Assim, venderam uma propriedade (1) — uma herdade (3) que possuíam.
Mas, diferentemente de Barnabé, eles retiveram parte do preço (2). O verbo pode ser traduzido como “defraudar, desviar”. Lake e Cadbury escrevem: “A expressão ocorre com certa frequências na prosa helenística... e sempre implica: (a) que o roubo é secreto; (b) que parte de uma quantia maior é usurpada... Deve-se observar, adicionalmente, que o verbo é mais comumente usado referindo-se à usurpação daquilo que é entregue em confiança... do que ao roubo de um indivíduo, por outrem”. Aqui é usado adequadamente neste contexto da mordomia cristã. A palavra é usada em Josué 7.1 (Septuaginta), sobre Acã, que “tomou do anátema”. E encontrada novamente no versículo 3, e no Novo Testamento somente em Tito 2.10, onde é traduzida como “defraudar”.
Guardar para si mesmos o que eles estavam ostensivamente entregando à igreja foi um ato premeditado de Ananias e Safira. O relato diz sabendo-o também sua mulher — literalmente, “a sua mulher também sabia, com” o seu marido. Por ser deliberado, o pecado era ainda mais grave.
Pedro provavelmente recebeu uma revelação especial dada pelo ESPÍRITO — Pedro desafiou Ananias. Por que este membro da igreja tinha permitido que Satanás entrasse no seu coração e fizesse com que ele mentisse ao ESPÍRITO SANTO (3)? No versículo 4, Pedro diz: Não mentiste aos homens [ou seja, não somente aos homens] mas a DEUS. Estas duas frases juntas indicam tanto a personalidade quanto a divindade do ESPÍRITO SANTO.
Enquanto a terra fosse guardada, sem ser vendida, não ficava para ti? (4) E, vendida, não estava em teu poder [exousia, “autoridade”]? Estas duas perguntas confirmam o que já observamos em conexão com 2.44-45 e 4.32-35: uma comunidade universal de bens nunca foi praticada nem exigida pela Igreja Primitiva.
Quando Ananias ouviu esta revelação da sua tentativa de ludibriar, ele caiu e expirou (5). Uma única palavra em grego descreve este fato, exepsyxen — literalmente, “expirou”. A melhor tradução é “expirou”. No Novo Testamento, o verbo aparece somente aqui, no versículo 10 (sobre Safira) e em 12.23 (sobre a morte de Herodes Agripa I). Hobart diz: “A palavra ekpsychein é muito rara e parece estar quase sempre confinada aos autores médicos, e mesmo assim é raramente usada por eles”.
Os jovens (6) — lit., “os homens mais jovens” (NEB), os que estavam capacitados para aquele trabalho, em contraste com os homens mais velhos — cobriram o morto ou “envolveram-no com panos, cobrindo o seu corpo” (cf. NEB). Este é o costume no Oriente Próximo hoje — e, transportando-o para fora, o sepultaram. Era necessário que o morto fosse enterrado no mesmo dia, e também fora dos muros da cidade (exceto no caso de reis).
b. A Morte de Safira (5.7-11). Passadas três horas da morte tão repentina de Ananias, entrou... sua mulher (7) no principal local de reuniões da igreja — talvez o cenáculo (1.13). Ela não tinha sido informada do que acontecera com o seu marido. Pedro dirigiu-se a ela — e disse (8) — na Septuaginta e no Novo Testamento este termo frequentemente significa algo como “perguntou-lhe” (RSV). Talvez a melhor tradução seja a de Phillips: “Diga-me, você vendeu a sua terra por tanto?” A resposta dela foi: Sim, por tanto. Obviamente, a quantia mencionada nos dois casos foi a que Ananias tinha apresentado aos apóstolos. Então Pedro expôs a conspiração da fraude (9) e anunciou que aqueles que estavam acabando de retornar, tendo enterrado o seu marido, também iriam levá-la. Ela imediatamente “expirou” e os jovens (10) — uma expressão (um substantivo) diferente daquela do versículo 6, mas referindo-se ao mesmo grupo de pessoas — levaram-na para o seu sepultamento. O versículo 11 é uma ampliação da última frase do versículo
5. “E houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas coisas”. As duas mortes foram julgamentos divinos diretos, atos imediatos de DEUS. Pedro amaldiçoou este casal de hipócritas. Ele predisse a morte de Safira no que poderia ser descrito como um anúncio do julgamento divino. Mas isto é tudo.
“Eles pensaram mais na exibição que estavam fazendo aos pés dos apóstolos do que no pecado perante os olhos de DEUS”.
Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 238-240.
Desmascarado o pecado. O ESPÍRITO SANTO, habitando no meio da Igreja, detecta todo o pecado. Ananias escolheu um lugar muito perigoso e uma época desfavorável à pratica da hipocrisia. O divino ESPÍRITO de pureza, sinceridade e verdade tinha sido derramado em abundância. Portanto, era imediatamente reconhecido o espírito da falsidade e hipocrisia que, em tais circunstâncias, era ainda mais imperdoável. Num ambiente de tanta espiritualidade, havia pessoas dispostas à hipocrisia. O que aconteceria, então, em tempos mais difíceis se não condenassem este pecado? Pedro, mediante o dom do discernimento de espíritos, viu o que havia em Ananias. Ele não pertencia àquele ambiente espiritual. Pela inspiração divina, Pedro disse: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS”.
Pearlman. Myer. Atos: e a Igreja se Fez Missões. Editora CPAD. pag. 61.
III - DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS
1. O dom de discernir os espíritos.
Mais adiante, na epístola em apreço, encontramos o “dom de discernir os espíritos” (1 Co 12.10b). Refere-se à capacidade sobrenatural, concedida por DEUS, com a finalidade de identificarem-se as origens e natureza das manifestações espirituais. Tais manifestações podem ter basicamente, três origens: De DEUS, do homem (da carne) ou do maligno. Em determinadas ocasiões, uma manifestação espiritual pode apresentar-se, no meio da congregação, ou diante de um servo de DEUS, com aparência de genuína, e ser uma mistificação diabólica, ou artimanha de origem humana. Pelo entendimento e pela lógica humana, nem sempre é possível avaliar a origem das manifestações espirituais. Mas, com o dom de discernir os espíritos o servo de DEUS ou a igreja não será enganada.
Segundo Boyd, “a palavra ‘discernir’ (grego “diakrisis”) julgado através de, distinguir, e tem o sentido de penetrar por baixo da superfície, desmascarando e descobrindo a verdadeira fonte dos motivos e da animação”. Através desse dom, em suas diversas manifestações, a igreja pode detectar a presença de demônios, no meio da comunidade ou congregação, a fim de expulsá-los, no nome de JESUS. Na ilha de Pafos, Paulo defrontou-se com uma ação diabólica declarada com o objetivo de impedir a pregação do evangelho ali, e a conversão de uma autoridade pública. Mas o apóstolo, cheio do ESPÍRITO SANTO, percebeu as artimanhas do Adversário, e, na autoridade de DEUS, declarou que o opositor do evangelho ficaria cego por algum tempo, o que de pronto aconteceu. Diante de tamanho sinal, “Então, o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina do Senhor” (At 13.12).
Myer Pearlman diz que se pode saber a diferença entre uma manifestação espiritual legítima e uma falsa manifestação, através desse dom. “Pelo dom de discernimento que dá capacidade ao possuidor para determinar se um profeta está falando, ou não, pelo ESPÍRITO de DEUS. Esse dom capacita o possuidor para ‘enxergar’ todas as aparências exteriores e conhecer a verdadeira natureza duma inspiração.” A manifestação espiritual precisa passar por duas provas de sua legitimidade: A prova doutrinária e a prova prática.
A prova doutrinária pode basear-se no ensino do apóstolo João, que diz:
“Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o ESPÍRITO de DEUS: todo espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne é de DEUS; e todo espírito que não confessa que JESUS CRISTO veio em carne não é de DEUS; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo. Filhinhos sois de DEUS e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. Do mundo são; por isso, falam do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de DEUS; aquele que conhece a DEUS ouve-nos; aquele que não é de DEUS não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro.” (1 Jo 4.1-6)
A prova prática tem base no ensino de JESUS, quando advertiu acerca dos falsos profetas, que podem ser conhecidos pelos “seus frutos”, ou seja, pelo seu caráter, demonstrado em seu testemunho, na vida prática: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.15-20).
JESUS tinha esse dom. Quando seus adversários queriam apanhá-lo em alguma palavra ou alguma falta, Ele já sabia o que se passava no interior das pessoas. “Mas o mesmo JESUS não confiava neles, porque a todos conhecia e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem” (Jo 2.24, 25). O apóstolo Pedro teve a percepção de que Ananias estava mentindo, quando sonegou parte da oferta que prometera a DEUS, por esse dom especial de discernir os espíritos (At 5.3).
No ministério de Paulo, temos o exemplo notável do uso desse dom (At 16.12-18). Ao lado de seu companheiro, Silas, chegou à cidade de Filipos, na Macedônia, para onde se dirigiram por orientação do ESPÍRITO SANTO. Após um período de oração e evangelização pessoal, foi acolhido por Lídia, a vendedora de púrpura, que aceitou a CRISTO e foi batizada com toda a sua família. Era patente o sucesso da missão dos apóstolos naquele lugar. O Adversário não ficaria satisfeito de forma alguma e resolveu atacar de uma forma muito sutil, usando uma jovem para tecer um dos mais elevados elogios que um pregador poderia receber publicamente.
Ela era bem conhecida na cidade, pois era usada por comerciantes inescrupulosos que obtinham grande lucro, usando-a em seu proveito, pois possuía “espírito de adivinhação”. Quando os dois apóstolos saíram para a oração, a jovem os seguiu, dizendo em alta voz: “Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do DEUS Altíssimo” (At 16.17). E fez essa declaração elogiosa, durante vários dias. Pregadores são seres humanos, sujeitos às falhas próprias de sua natureza. Elogios em geral sempre fazem bem ao ego, à parte emocional, ainda mais, quando o elogio é verdadeiro, como era o que a moça propagava acerca dos dois servos de DEUS.
Jamais alguém poderia imaginar que aquele elogio não seria de origem legítima. Podemos entender até, que, a princípio, os apóstolos devem ter ficado pensativos com aquela declaração. De fato, eles eram servos do DEUS Altíssimo! O que haveria de errado ou repreensível ouvir tal elogio? Não teria a jovem percebido que eles eram cristãos autênticos? Acontece que Paulo e Silas eram homens de oração, tinham comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Depois de alguns dias, ouvindo aquela declaração, Paulo discerniu a sua origem.
Não era nada da parte de DEUS. A afirmação era verdadeira, mas a origem e a intenção eram malignas. O Diabo queria iludir os apóstolos, com bajulação e lisonja, para que o demônio continuasse livre para agir, após a saída dos servos do Senhor. Assim, “Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de JESUS CRISTO, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu” (At 16.18).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 39-42.
Como podemos conhecer um verdadeiro cristão (I Jo 4.1-21)
A PRINCIPAL TESE DO APÓSTOLO JOÃO nessa epístola é provar que temos a vida eterna (5.13). Ao longo da carta, João trabalha com três provas insofismáveis que identificam um verdadeiro cristão: a prova doutrinária, a social e a moral. No texto em apreço, o apóstolo retorna à prova doutrinária e social, ou seja, à fé e ao amor.
Um verdadeiro cristão é conhecido por aquilo que ele crê (4.1-6)
“Provar” significa, à semelhança do metalúrgico que testa a integridade do metal por meio do fogo, testar a mensagem com a verdade apostólica, para saber qual o espírito que está por trás dela.
Os falsos mestres fizeram do mundo suas salas de aula. Desejavam conquistar a audiência de muitos cristãos. Simon Kistemaker fala de duas esferas espirituais neste mundo: uma é do domínio do ESPÍRITO SANTO; a outra é do domínio do diabo.
Mais assustador do que a pregação herética dos falsos profetas é o silêncio dos profetas de DEUS. Assistimos, estarrecidos, a uma perigosa tolerância para com as falsas doutrinas.
LOPES. Hernandes Dias. 1, 2, 3 JOÃO Como ter garantia da salvação. Editora Hagnos. pag. 185-188.
DEUS nos concedeu o ESPÍRITO. Nessa posse do ESPÍRITO reconhecemos que DEUS permanece em vós.
Na mais antiga carta de Paulo que nos foi preservada há a solicitação de não “desprezar” as “profecias”, os “vaticínios”, e sim “examiná-los” (1Ts 5.19-21; de forma análoga também em 1Co 14.29).
João tem a experiência de que existem “muitos” desses pseudoprofetas que “têm saído para o mundo”. A expressão “têm saído” remete ao fato de que os falsos mestres destacavam enfaticamente seu “envio” que os impelia para atuar mundo afora. O aspecto sedutor desses homens era o fato de se apresentarem com essa consciência de envio, demandando “fé” e obediência. Talvez utilizassem a fórmula introdutória dos profetas do AT “Assim diz o Senhor”, ou rotulassem seus discursos e ditos como inspirados pelo ESPÍRITO, e talvez até mesmo se credenciassem “por meio de sinais e prodígios”. Como se torna difícil, então, “examinar”! Será que nesse caso de fato podemos questionar e examinar? Não cumpre simplesmente curvar-se e crer? Da maneira mais clara possível o apóstolo João afirma que não, expressamente desafiando as igrejas a não crer em qualquer espírito, mas “examinar os espíritos se são vindos de DEUS”.
Werner de Boor. Comentário Esperança I João. Editora Evangélica Esperança.
Observação minha - Ev. Luiz Henrique - Veja que até para o crente mais sábio fica difícil discernir se a origem de uma mensagem é de DEUS, do homem ou de Satanás - Paulo foi enganado pela pitonisa de Filipos. É nessa hora que entra a manifestação do dom de discernir espíritos, essa manifestação é sobrenatural - Não é o homem que revela, é o ESPÍRITO SANTO que entra em ação revelando a origem da mensagem.
2. As fontes das manifestações espirituais.
AS OBRAS DE DEUS
Outro aspecto da doutrina de DEUS que requer a nossa atenção é o das suas obras.Têm a ver com as ações de DEUS, e não com a sua natureza (Rm 3.26). Dentro desses decretos, há as ações praticadas por DEUS, pelas quais tem Ele responsabilidade soberana; e também as ações das quais Ele, embora permita que aconteçam, não é responsável.
Baseado nessa distinção, torna-se possível concluir que DEUS nem é o autor do mal (embora seja o criador de todas criaturas subalternas), nem é a causa derradeira do pecado.
Além disso, DEUS está sustentando ativamente o mundo que criou. Na conservação, Ele sustenta a criação através de leis estabelecidas (At 17.25). Na providência, Ele controla todas as coisas existentes no Universo, com o propósito de levar a efeito seu plano sábio e amoroso, de forma que não venha a interferir na liberdades das suas criaturas (Gn 20.6; 50.20; Jó 1.12; Rm 1.24).
Servir a DEUS começa com o orar em seu nome. Isto implica em reconhecer como é distinta a sua natureza conforme revelada nos seus diversos nomes. Ele se revela a nós a fim de que o glorifiquemos e cumpramos a sua vontade.
HORTON. Staleym. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Editora CPAD.
HOMEM CARNAL
Paulo divide em três claras distinções os tipos de homens:
1. O homem carnal (I Cor. 3:1); 2. O homem espiritual (I Cor. 3:1); e 3. O homem natural (I Cor. 2:14).
O homem natural é o homem que ainda não foi regenerado.
O homem espiritual é aquele que já foi regenerado e que está vivendo de acordo com os principias ditados pelo ESPÍRITO, ou seja, vitorioso sobre os antigos impulsos carnais.
O homem carnal é uma espécie de meio-termo entre os dois primeiros. Realmente, converteu-se, pelo que entrou nos primeiros estágios da regeneração; mas continua sendo derrotado por seus próprios antigos impulsos.
ELEMENTO. DA CARNALIDADE:
1. Embora certas pessoas se apresentem como espirituais, na verdade andam vendidas ao pecado, sendo escravas do principio do pecado (Rom. 7:14).
2. Tal pessoa é dotada de uma mente carnal, que está em conflito com DEUS (Rom. 8:7).
3. O homem carnal vive como se não fosse regenerado (I Cor. 3:3).
4. O homem carnal é faccioso (I Cor. 3:4).
5. O homem carnal tem vicias na sua vida, e ignora o cultivo das virtudes espirituais (Gâl. 5:19 ss).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora Hagnos. pag. 150-151.
DEMÔNIO, DEMONOLOGIA (Diabo, Satanás)
Duas coisas são indiscutíveis sobre esse assunto: primeira, nem os hebreus e nem os cristãos criaram as elaboradas demonologias e angelologias que, finalmente, vieram a ser aceitas. Segunda, apesar das elaborações, exageros e elementos místicos que entraram no pensamento hebreu e cristão, no tocante aos demônios, essas noções são corretas quanto à temível realidade dos demônios e sua capacidade de influenciar e de apossar-se das pessoas. Que os espíritos malignos existem e exercem poder sobre os homens tem sido uma ideia universalmente aceita. Essa ideia permeia todos os níveis da sociedade, podendo ser encontrada entre as tribos mais primitivas e as civilizações mais avançadas. Essa universalidade fala em favor da veracidade dessas noções, sem importar os exageros e os elementos mitológicos criados em torno do assunto.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 48.
Satanás é o principal poder maligno, e a Bíblia apresenta-o como uma espécie de comandante das forças da malignidade. O poder de Satanás é limitado por DEUS (Jô 1:12.; 2:6), apesar do que ele é muito poderoso, encabeçando um vasto exército do mal (ver Efé, 2:2; 6:12). Porém, sua queda final é certa (Luc. 10:18).
Anjos caídos, poderes e demônios fazem parte do reino das trevas, reino esse que tem o poder de influenciar os homens e de votá-los à perdição.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5. Editora Hagnos. pag. 311.
3. Discernindo as manifestações espirituais.
Temos aqui uma advertência contra os falsos profetas.
Devemos prestar atenção para não sermos enganados ou nos deixar impressionar por eles. Profetas são aqueles que preveem as coisas que vão acontecer. Existem alguns, mencionados no Antigo Testamento, que tinham a pretensão de fazer previsões, sem dar nenhuma garantia, e os acontecimentos desmentiram as suas pretensões; dentre eles, estão Zedequias (1 Rs 22.11) e um outro Zedequias (Jr 29.21). Os profetas também ensinavam ao povo o seu dever, de modo que os falsos profetas mencionados aqui também eram falsos mestres.
Os falsos mestres e os falsos profetas:
1. São todos aqueles que afirmam ter certas incumbências, não as tendo.
2. São todos aqueles que pregam uma falsa doutrina sobre tudo aquilo que é essencial à religião.
Precisamos ter muito cuidado porque suas pretensões são muito justas e plausíveis e, assim sendo, irão nos enganar se não estivermos em guarda.
Também precisamos ter muito cuidado porque sob essas pretensões seus desígnios são mal-intencionados e enganadores e, no seu interior, eles não passam de lobos devoradores.
Eles são glutões e servem ao próprio ventre (Rm 16.18), eles lucram conosco e fazem de nós a sua presa. Como isso é muito fácil, e também muito perigoso, tenha cuidado com os falsos profetas.
Eis aqui uma boa regra para ser obedecida em nossos cuidados; devemos examinar todas as coisas (1 Ts 5.21), e provar todos os espíritos (1 Jo 4.1).
Um mau tesouro irá produzir coisas más. (2) Por outro lado, se você conhecer como o fruto é, poderá conhecer como é a árvore que o produziu.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 85-87.
Advertência contra os falsos profetas, V.15: Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 926.
Um esclarecimento necessário (4.2,3).
Nisto reconhecereis o ESPÍRITO de DEUS: todo espírito que confessar que JESUS CRISTO veio em carne é de DEUS; e todo espírito que não confessa a JESUS não procede de DEUS; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo.
Simon Kistemaker diz que, no grego, João usa o tempo perfeito para a palavra veio a fim de indicar que JESUS veio em natureza humana e, ainda agora, no céu, ele possui uma natureza humana, ou seja, além de sua natureza divina, ele também tem uma natureza humana.
Os falsos mestres gnósticos negavam tanto a divindade quanto a humanidade de CRISTO. Eles negavam tanto a sua encarnação como a sua ressurreição. Eles negavam tanto o seu nascimento virginal quanto a sua morte expiatória.
O ministério particular do ESPÍRITO é testemunhar de JESUS (Jo 15.26; 16.13-15). O ministério do ESPÍRITO é o ministério do holofote. Ele aponta sua luz para JESUS. O ESPÍRITO veio para testemunhar que JESUS não deixou de ser DEUS ao se fazer homem. Sua encarnação não foi aparente como ensinavam os falsos mestres do docetismo nem sua divindade foi uma mera simulação.
“Filhinhos, vós sois de DEUS e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.”
Eles procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de DEUS; aquele que conhece a DEUS nos ouve; aquele que não é da parte de DEUS não nos ouve. Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.
LOPES. Hernandes Dias. 1, 2, 3 JOÃO Como ter garantia da salvação. Editora Hagnos. pag.188-192.
A igreja precisa reconhecer que o “espírito” do anticristo “virá” não apenas em um momento posterior, mas que “já está no mundo”, e precisamente na hora em que lhe é apresentado um novo “cristianismo”! O soberano anticristão do mundo um dia tentará “dissolver” a JESUS e sua igreja com toda a força brutal. Porém a igreja deve notar: essa “dissolução” já se inicia agora de maneira sutil sob a aparência de um melhoramento do cristianismo.
Werner de Boor. Comentário Esperança I João. Editora Evangélica Esperança.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva com comentários extras meus - Ev. Luiz Henrique.
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